Ana Lúcia pede retirada de projeto de reajuste

“Não posso ficar satisfeita com isso”, disse a vereadora Ana Lúcia (PRB) ao se pronunciar nesta segunda-feira (28) sobre o projeto de lei nº 40/2017, de autoria do Poder Executivo, que trata do reajuste dos servidores e empregados públicos da administração direta, autárquica e fundacional do Recife. Em seu discurso na Câmara do Recife, a parlamentar pediu que a matéria fosse retirada de pauta. Votada em duas discussões, a matéria segue para a sanção do Prefeito.

Dentre os pontos que foram criticados por Ana Lúcia no pequeno expediente, estão o valor do reajuste e suas condições. Ela também fez menção à emenda que inclui mais categorias à lista daquelas que serão afetadas pelas mudanças remuneratórias. “O projeto traz um reajuste do tíquete-refeição dos servidores e um suposto aumento de 2% condicionado ao não comprometimento da folha. Ele já chegou aqui deformado. Não contemplava os professores. Disseram que era porque o professor não queria, mas que profissional não quer um complemento? A categoria apenas não concordava. O Simpere entrou em contato com a Secretaria e então o projeto recebeu uma emenda.”

Segundo a vereadora, entretanto, houve quem ficasse de fora. Apontando a existência de um projeto de lei que cria 258 novos cargos na Prefeitura, Ana Lúcia afirmou que cerca de três mil servidores aposentados não serão contemplados pelo reajuste em sua forma atual. “Estar aposentado não significa estar morto. Não somos contra o aumento para servidores, mas não podemos ser coniventes com um projeto que exclui pessoas que passaram toda a vida contribuindo.”

A líder do governo na Câmara, a vereadora Aline Mariano (PMDB), disse que os aposentados poderão se reunir com representantes da Prefeitura na próxima terça-feira (29), para discutir seu reajuste com a Secretaria de Administração. Ela também esclareceu que a criação de novos cargos obedece a uma recomendação do Ministério Público de Pernambuco. “Não vamos retirar o projeto porque, se passar de hoje, algumas categorias serão prejudicadas. Conversei agora com o grupo de aposentados. Eu queria fazer alguns esclarecimentos. Marcamos com a Secretaria de Administração amanhã, às 14h. Essa audiência não é um impeditivo para votar qualquer reajuste. O prefeito pode reajustar salário no momento seguinte e é sua prerrogativa mandar para cá. Vivemos um momento de dificuldade. Há prefeitos e governadores que nem sequer conseguem pagar a folha de servidores. Os cargos que estão sendo criados já foram esclarecidos, inclusive nos jornais. Não são servidores comissionados, mas concursados.”

Em 28.08.2017, às 17h54