André Régis analisa reforma trabalhista

O projeto de Reforma Trabalhista, aprovado pela Câmara dos Deputados na madrugada do dia 27 de abril, chegou ao Senado nesta terça-feira. Entre as medidas, o substitutivo aprovado prevê a prevalência dos acordos trabalhistas sobre a lei, o fim da contribuição sindical obrigatória e da participação dos sindicatos nas rescisões trabalhistas. O vereador André Régis (PSDB) fez questão de comentar a questão na tarde de hoje,2, na Câmara.

“É preciso acordar para a realidade e acredito que demos um passo importante nesta ultima aprovação da Câmara no que se refere ao fim da contribuição sindical, tanto quanto dos trabalhadores quanto para o patronal. É algo insustentável, temos uma grande quantidade de sindicatos e é preciso que acabe com a contribuição compulsória. A liberdade sindical é um mandamento constitucional, você se associa se quiser. Devemos marchar para o fim da unicidade sindical”.

O parlamentar acredita que haverá um cenário de plena liberdade com benefícios para o trabalhador e para o empregador. “Será um sistema sem visões arcaica e preconceituosa e que não seja contra o ambiente de negócios. Manter uma estrutura pesada e gigante já deu provas de que não funciona. A cada ano caímos no ranking da produtividade e o que estamos esperando? As reformas são necessárias e poderemos ter um sistema tributário com mais justiça neste campo com capacidade de modernizar o país”.

André Régis também abordou sobre as manifestações ocorridas contra as reformas trabalhista e previdenciária, realizadas no último dia 28. “Com marcas antidemocráticas, proibiram a circulação de uma população que quer trabalhar. Fui impedido de dar aula na UFPE em decorrência de um impedimento: os meus alunos não chegaram porque não existia transporte público. E quem quisesse circular teria um confronto corporal com manifestantes. É preciso que a gente respeite a liberdade de pensamento e de expressão. É um dos direitos mais valiosos e o de ir e vir não vimos nesta última sexta-feira. Estamos num momento histórico. Ou avançamos ou vamos ficar na mesma situação de países em decadência”.

Em 02.05.17às 17h25.