André Régis comenta escolhas ministeriais e efeito cascata de aumento no STF

Dois assuntos que ocuparam o noticiário político nacional nos últimos dias foram comentados pelo vereador André Régis (PSDB) nesta quarta-feira (28), na Câmara do Recife. Em um discurso feito ao final da reunião plenária, ele teceu elogios às escolhas ministeriais do presidente eleito Jair Bolsonaro nas áreas de economia e justiça. Já o efeito cascata esperado do reajuste dos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sancionado pelo presidente Michel Temer na segunda-feira (26), recebeu críticas do parlamentar.

Segundo André Régis, a composição da equipe do novo governo segue o que foi prometido durante a campanha de Bolsonaro. “A escolha do ex-juiz Sérgio Moro tem causado uma expectativa positiva no que se refere ao combate ao crime organizado e à corrupção. A equipe econômica liderada pelo economista Paulo Guedes é um time notadamente vindo do setor privado, em sintonia com o pensamento liberal econômico dos que se filiam à Escola de Chicago. O governo, na área econômica, terá uma agenda aprovada nas urnas para as reformas necessárias, notadamente a da Previdência.”

O reajuste dos ministros da STF aumenta o teto de vencimentos de todo o funcionalismo – e tem repercussões indesejadas nos Estados, segundo o vereador.   “Há uma regra que servia para proteger os vencimentos da magistratura, mas que acarreta um impacto gigante. Há consequências diretas nas finanças estaduais, na medida em que os juízes de primeira instância são remunerados pelos cofres dos Estados. O aumento do subsídio dos ministros do STF pelo Congresso acarretam danos às finanças deles.”

Em um aparte, o vereador Jairo Britto (PT) também teceu comentários ao novo corpo ministerial que deve assumir a gestão do Poder Executivo Federal em 2019. “Eu preciso ver esse time jogar e então ver o trabalho. Os discursos que tenho ouvido não são animadores. O serviço público federal não é responsável pela crise da Previdência, como colocado por Paulo Guedes. Estudos técnicos da própria Previdência mostram que esse não é o problema. Escola Sem Partido e fiscalizar Enem não são papeis do presidente. O presidente tem que mostrar quais são as diretrizes e metas para superar o desemprego do Brasil e melhorar as condições das pessoas que estão voltando para a pobreza absoluta.”

Em 28.11.2018, às 17h19