André Régis contesta propaganda da PCR na área da educação

Um dia depois de a Prefeitura do Recife ter veiculado em horário nobre a propaganda institucional dizendo que os serviços públicos municipais de educação são de boa qualidade, o vereador André Régis (PSDB ) ocupou a tribuna da Câmara Municipal na tarde desta segunda-feira (23) para apresentar o contraponto. “Um pai que tenha visto o anúncio, apresentado na noite de ontem, durante a exibição do programa de maior audiência aos domingos, o Fantástico, não tem a menor ideia do que as crianças recifenses enfrentam”, criticou.

Como exemplo de colégio que seria o contrário da propaganda exibida, o vereador citou a Escola Municipal Osvaldo Lima Filho, no Pina. “Ela está funcionando em regime de rodízio, pois falta professor de matemática e além disso não há banca em número suficiente para todos os alunos”, disse. Para suprir a necessidade de bancas nas salas de aula, de acordo com o vereador, a Prefeitura do Recife enviou cadeiras brancas, das que são utilizadas nos salões de festa. “Dessa forma, as crianças são obrigadas a colocar os cadernos no colo para conseguir escrever”, denunciou.

“Para aumentar os problemas, as salas de aula têm que funcionar com as portas abertas porque o ar-condicionado está quebrado”, garantiu. E os banheiros da escola não dispõem de material de higiene, disse André Régis. Os problemas na escola resvalam para a saúde pública, de acordo, afirmou. “O mais grave é que identificamos um problema de saúde pública, pois encontramos pombos no refeitório. Há fezes de pombos nos locais onde as crianças se servem durante a merenda”, garantiu.

Diante dessas questões, o vereador se questionou: “A quem a Prefeitura do Recife está querendo enganar? Certamente a quem não é usuário das escolas. Quem é usuário, sabe a verdade”, argumentou. Ele considerou que os problemas constituem “um escândalo” e também ”uma grave violação dos Direitos Humanos”. André Régis finalizou o discurso no plenário dizendo que as consequências da negação desses direitos apresentará consequências a longo prazo. “Somente no futuro é que o preço da ignorância será cobrado”, comentou.

 

Em 23.04.2018, às 17h16.