André Régis defende Reforma da Previdência

O vereador André Régis (PSDB) listou os presidentes da República e as tentativas de reformas previdenciárias desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, quase todos sem sucesso total. Segundo ele, cada um fez o que deu para fazer, mas a reforma é necessária para garantir que outros, no futuro, também tenham o benefício. Ele disse na tarde desta segunda-feira (29) que “nossa previdência é de partição. A pirâmide se inverteu e hoje temos 2 ativos para um inativo, e isso não se sustenta. Gastamos cerca de R$ 700 bilhões com previdência e apenas R$ 70 bilhões de investimentos em educação”.

O vereador iniciou a fala afirmando que acompanhou a entrevista do ex-presidente Lula, concedida à Folha de São Paulo e ao El País, devidamente autorizada pela Justiça, lembrando que o fato não é novidade, uma vez que outros condenados já se manifestaram publicamente. A questão segundo ele já está resolvida na Constituição que garante o direito à informação. “O importante é que ele, Lula, teve a oportunidade de iluminar as cabeças do PT e não se comportou como estadista, pois precisamos gerar empregos e riquezas de forma suprapartidária e ele se negou a fazer isso. Um chefe de Estado indica o caminho. Temos um governo eleito pelo povo e as reformas atingirão a todos partidários ou não daquele presidente”.

A pauta da reforma da previdência e a tributária precisam ser feitas. O presidente Lula teve a oportunidade de fazer e não conseguiu, assim como outros presidentes. “O fato é que ele deixou de lado pontos importantes na entrevista que concedeu. As contas públicas precisam ter equilíbrio. A proposta atual de Paulo Guedes tramita desde FHC. O próprio Lula criou a contribuição previdenciária de inativos. Em FHC por um voto não se aprovou a idade mínima. Então não há novidades”.

André Régis  disse que apoia a reforma porque é preciso acabar privilégios, pessoas do serviço público que ganham R$ 38 mil/mês e se aposentam com esse valor. A reforma ataca privilégios aumentando alíquotas de servidor público. Hoje em Pernambuco o número de inativos é praticamente igual ao de ativos.

Ana Lúcia (PRB) disse que concordava com a fala do colega, mas gostaria de saber qual a posição dele em relação à reforma que castiga as mulheres, especialmente professoras que terão regime igual ao dos homens. Outra questão é a retirada do Benefício de Prestação Continuada BPC atacando os mais pobres e o trabalhador rural. “A reforma ataca os mais pobres”.

André Régis lembrou que os temporários e comissionados têm vantagem de não gerarem passivo previdenciário. Segundo ele, os congressistas já sinalizaram que não vão equiparar professoras e professores, assim como o BPC não deverá passar, o que é ruim porque a proposta é pagar R$ 400,00 a partir dos 60 anos, progredindo ano a ano até os 65. Hoje recebe aos 65 um salário mínimo, o ganho seria antecipado. “Perdemos o debate ao não explicar o essencial, politizando o conteúdo da proposta”.

 

 

Em 29.04.2019 às 18h11.