André Régis defende voto distrital misto nas próximas eleições

O vereador André Régis (PSDB) defendeu a mudança do sistema eleitoral de voto proporcional para o voto distrital misto, a exemplo do que é adotado na Alemanha. Ele disse na tarde desta segunda-feira (03), na Câmara do Recife, que o Senado abriu a discussão sobre a reforma política que, em caso de aprovação, atingiria já as próximas eleições municipais. “Os partidos estão desacreditados e o cidadão não vota em partido e sim nas pessoas. Por isso, o voto distrital favorece a escolha do político que está perto. Sendo misto, também favorecerá aos partidos que poderão ser escolhidos pelo cidadão”.

André Régis acredita que o eleitor não vai querer escolher uma sigla para votar. Ele disse que o PSDB defende o voto distrital misto e já defendeu no passado o distrital puro, rivalizando com o PT que defendia a lista fechada, onde o partido indica os políticos que devem ser eleitos. Nesse modelo, ele diz que o eleitor não conhece o candidato e os partidos podem escolher só os cacifes. “No sistema misto há equilíbrio de voto para o candidato do distrito e para o partido que se identificar ideologicamente, além de diminuir o número de partidos existente, sendo que hoje no país existem mais de 30 partidos”.

Renato Antunes (PSC) acha que as câmaras municipais serão atingidas pela reforma, sendo importante discutir. Ele ponderou que o país não tem maturidade política para o voto em lista fechada em virtude da fragilidade dos partidos, pois a indicação dos candidatos será do partido. “A ideia do sistema misto traz mais equilíbrio, no entanto, prefiro o de lista aberta por não termos cultura de votar em partidos, porque o eleitor vai saber em quem está votando. Isso beneficia o político local”.

Jayme Asfora (sem partido) disse que a discussão da reforma política é mais importante do que as outras reformas. Ele disse que é partidário do voto distrital misto, mas não acredita que será fácil aprovar porque não interessa ao Congresso que a população interfira mais no processo. “Acho que a reforma deveria contemplar a diminuição do mandato para cinco anos acabando com a reeleição, retirar a existência de suplente para o Senado, e permitir a candidatura avulsa sem partido”.

 

Em 03.06.2019 às 18h22.