André Régis discute índice do Ideb da Escola Municipal Educador Paulo Freire

Ao apresentar em plenário o requerimento que dirige indicação ao secretário de Educação, Bernardo D'Almeida, para realizar obras de melhorias na infraestrutura da Escola Municipal Educador Paulo Freire, o vereador André Régis (PSDB), promoveu debate sobre a matéria. “O que estou pedindo nesse meu requerimento são melhores condições de funcionamento e mais investimentos para a educação. Essa escola é um exemplo de como anda a educação no nosso município. A educação municipal tem sido um fracasso generalizado e as escolas não são acompanhadas adequadamente ”, criticou, na reunião ordinária desta segunda-feira (9).

A escola fica localizada na Avenida General Bento da Gama, 301, bairro do Ipsep. Além das questões estruturais, segundo André Régis, ela enfrenta sérios problemas na questão educacional, inclusive obtendo média baixa no Ideb. Esse é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, que foi formulado para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino. “Pela verificação do aprendizado, essa escola teria atingindo a média de 4,4 (numa média de zero a 10) no ensino fundamental 1. Se esse índice é baixo, piora no ensino fundamental 2. Ela chegou a 2,5 (também de zero a 10)”, disse.

De acordo com André Régis, essa escola não tem condições de educar uma criança ou um jovem adequadamente. “O estudante sai da escola sem saber escrever, sem saber falar corretamente ou sem saber fazer uma conta. Pelos índices apresentados pelo Ideb, a probabilidade de eles serem alfabetizados nessa escola é de 25%”, afirmou. O vereador, no entanto, disse a Escola Municipal Educador Paulo Freire está dentro do contexto da educação do Brasil. “Somos um país que está nos últimos lugares de acordo com uma pesquisa que foi divulgada. Nossos índices são baixos em matemática, ciências e leitura”, disse.

André Régis acrescentou que, contraditoriamente, o Recife é uma das cidades brasileiras onde o investimento per capita na educação, considerando a quantidade de alunos e os investimentos mensais, são os maiores do país. “O município gasta em torno de R$ 1 mil por aluno, por mês. É um dos maiores do Brasil. Alguma coisa está errada. É um problema estrutural de nossa educação”, afirmou.

Em 09.12.2019