André Régis disse que está preocupado com nível de debate político

André Régis disse que o principal responsável pela má qualidade do discurso se deve ao Partido dos Trabalhadores (PT), que, segundo ele, vem atribuindo “aos eleitores de Jair Bolsonaro um perfil de fascistas, racistas, irresponsáveis e não democratas”. Por conta dessa rotulação, disse o parlamentar, “observamos um processo de reação contrária”. Ele disse esperar que até o dia da eleição prevaleça “o clima de respeito e cordialidade”.

André Régis afirmou que, enquanto o debate, em seu entendimento, é de baixa qualidade, o “o Brasil enfrenta graves problemas, com 12 milhões de desempregados, um sistema educacional vergonhoso, uma infraestrutura destroçada de portos e aeroportos que não atende aos padrões internacionais. Menos de um por cento do PIB é investido nessa infraestrutura”, disse.

André Régis criticou ainda o PT que “fala em risco de democracia, mas apoiou o regime de Hugo Chávez na Venezuela, onde as pessoas estão sendo de fato torturadas e muitas outras que não estão suportando as perseguições estão fugindo para outros países. Perguntamos qual o preço da democracia do PT?”

O vereador analisou o momento político e disse  que “ninguém previu a intensidade do crescimento da candidatura de Jair Bolsonaro no primeiro turno das eleições e que hoje atinge o percentual de 58% da intenção de votos neste segundo turno”. Para André Régis “está em jogo um recado claro da população brasileira, que não aguenta mais o sistema político. É um sistema que está reprovado e por isso é preciso se reconstruir a legitimidade política”.

Em seguida, André Régis assegurou que a Operação Lavajato foi uma oportunidade de se passar a política a limpo. “Ela simbolizou a esperança política do Brasil”. O vereador Rodrigo Coutinho (DEM) aparteou André Régis e deu os parabéns pelo discurso. “O Brasil precisa ser passado a limpo, a gente só vai sair desta crise econômica através da boa política”, argumentou.

André Régis retomou o discurso e finalizou dizendo que “o cargo de presidente da República exige postura, moderação, abertura para o diálogo. Caso contrário haverá um governo curto”. Ele lembrou que Jânio Quadros foi presidente e renunciou meses depois porque se isolou politicamente. “Espero que o candidato Jair Bolsonaro entenda os erros do passado para fazer diferente e construa as bases para a governabilidade e democracia com respeito aos Direitos Humanos”, afirmou.


Em 23.10.2018, às 17h35.