André Régis lamenta tragédia em São Paulo

O vereador André Régis (PSDB) lamentou o ocorrido no edifício Wilton Paes de Almeida, de 24 andares, que desabou na região do Largo do Paissandu, no Centro de São Paulo, após um incêndio na madrugada desta terça-feira (1). Ao ocupar a tribuna da Casa de José Mariano, nesta quarta-feira (2), o parlamentar chamou a atenção para a responsabilidade das esferas do poder municipal, estadual e federal que conheciam as problemáticas do espaço, ocupado irregularmente por 146 famílias.

“Nós acompanhamos o saldo até agora: pessoas desaparecidas e a perda de um patrimônio da cidade de São Paulo”. Ele destacou que o prédio foi construído na década de 1960,  “feito para ser um dos mais equipados de São Paulo”. André Régis lembrou ainda a trajetória de ocupação do espaço: o imóvel pertencia à União, estava sem uso oficial e havia sido ocupado por grupos sem-teto. Chegou a abrigar a sede do INSS e da Polícia Federal. Em 1992, tinha sido tombado por ser considerado "bem de interesse histórico, arquitetônico e paisagístico".

O parlamentar discorreu sobre a situação precária do local em que moravam mais de 300 pessoas. “Hoje nós sabemos. Mas já era do conhecimento do corpo de bombeiros: havia furto de energia elétrica, só havia água até o quinto andar, o prédio era fechado às 19h e só reaberto pela manhã. O fato é que o Iphan sabia que o seu patrimônio estava sendo perdido. A prefeitura também tem participação no fato. O Ministério Público também precisa se explicar porque arquivou o inquérito.

André Régis lamentou que houvesse a cobrança de aluguel no local, o que chamou de exploração da miséria. “Depois de 16 anos a tragédia anunciada se confirma, perdemos vidas preciosas e um monumento arquitetônico representativo para a cidade”.

Em 02.05.2018, às 17h45