André Régis recebe alunos de Direito da Joaquim Nabuco

O vereador André Régis (PSDB) recepcionou um grupo de estudantes do curso de Direito da faculdade Joaquim Nabuco, que acompanhou os trabalhos da reunião plenária da Câmara do Recife, hoje (14). Mas esta não é a primeira vez em que o parlamentar faz explanações para jovens sobre o funcionamento da Casa Legislativa Municipal. Estas reuniões ordinárias acontecem todas as segundas, terças e quartas-feiras, às 15 horas. São abertas ao público, que pode acompanhá-las das galerias.

Os estudantes tiveram oportunidade de receber explicações sobre todo o funcionamento da Casa e ver os parlamentares atuando. André Régis começou explicando que  não há uma hierarquia de poderes, nem subordinação do município ao Estado e à União ou poder central, cada qual tem sua esfera de atuação. Ele disse que os 39 vereadores são os fiscais do município, com o dever de fazer o poder público agir. “Esse número de parlamentares obedece à Constituição que determina o número por cidade conforme a população. Somos regidos pela Lei Orgânica, uma espécie de constituição municipal. Nossa competência não abrange tudo. Atendemos as questões locais, enquanto a União, as de interesse geral. Cabe ao Estado, as de interesse reservado, ou seja, o que não é do município, nem da União, é do Estado”.

O vereador ressaltou que a Casa tem enorme relevância na vida do cidadão, por estar mais próxima da sociedade. E o município atua na educação de base e fundamental,  na saúde e na infraestrutura. Seu principal imposto é o IPTU, seguido do ISS, principais fontes de arrecadação. “Nesta Casa legislativa as opiniões podem divergir por se tratar de um espaço democrático, onde oposição e situação defendem seus pontos de vista”. André Régis esclareceu como se dá a reunião, informando que depois de aberta, acontece o pequeno expediente, onde vereadores inscritos falam por cinco minutos sem apartes.

Em seguida é feita a leitura da ordem do dia com os requerimentos e projetos a serem votados. Explicou que a votação se dá pelo silêncio das partes, portanto, concordância dos presentes, mas pode ter pedido de vista e, neste caso, o requerimento ou projeto é retirado de pauta, só voltando cinco dias depois para nova votação. O parlamentar também pode pedir para discutir o assunto, se não concordar ou desejar mais explicações. A ordem do dia, contendo o que vai ser votado em plenário, é distribuída  antecipadamente, inclusive pela internet.

Após a explanação, André Régis concedeu apartes aos colegas, previsto do Regimento Interno da Casa. O primeiro a apartear foi o vereador Wanderson Florêncio (PSC) que o parabenizou  pela iniciativa e os alunos por terem vindo conhecer o trabalho da Câmara. Ele disse que o vereador além de fiscalizar, participa de comissões temáticas para discutir previamente os projetos, indicando aprovação ou rejeição; atuam em frentes parlamentares para mobilizar sobre determinados assuntos; realizam audiências públicas com a sociedade para debater e aprofundar algumas questões; e participa de reuniões solenes para entrega de títulos e homenagens.

Jayme Asfora (MDB) disse que era oportuna e didática a explanação aos alunos que desejam aprender mais. Para ele é muito importante a presença das pessoas que vêm às galerias acompanhar o trabalho dos parlamentares. “Se a população participar de perto poderá pressionar o poder público a atuar melhor”.

Almir Fernando (PCdoB) aproveitou para falar das audiências públicas realizadas e destacou os debates sobre segurança pública. Disse que convidou mais de uma vez secretários de Estado para debater o assunto. Lembrou que pediu ampliação do atendimento nas delegacias, e muitas acabaram fechando, reclamou da falta da patrulha nos bairros, que também diminuiu. Afirmou que espera uma resposta do Estado. Defendeu a Guarda Municipal atuando na segurança, com armamento, e a municipalização da segurança.

Já Ivan Moraes (PSOL) ressaltou que é chamado de radical e concorda, porque os problemas só podem ser resolvidos pela raiz, pois são estruturais como o racismo, a LGBTfobia, entre outros. “Lutamos pela pauta da mobilidade e nisso tenho certeza de que o colega André Régis é tão radical quanto eu”.

 

Em 14.03.2018 às 17h24.