André Régis repercute manifesto por união do centro

O vereador André Régis (PSDB) subiu à tribuna da Câmara do Recife nesta terça-feira (05) para repercutir um manifesto encabeçado por seu partido e que visa unificar legendas políticas em torno de um projeto de união de centro e pelo avanço de reformas. O documento, lançado nesta terça-feira em Brasília, motivou um discurso do parlamentar a respeito das diferenças ideológicas do espectro político e sobre os desafios do chamado estado de bem estar social, que une liberdades econômicas e garantias sociais.

Ao falar sobre o tema, André Régis mencionou o conceito de diferença política entre esquerda e direita do filósofo italiano Norberto Bobbio. Segundo ele, esses polos se separavam pela defesa da igualdade, no caso da esquerda, e da liberdade, no caso da direita. Em sua intervenção na tribuna, André Régis reconstruiu o caminho que levou o Brasil a adotar, na Constituição de 1988, uma posição próxima à de uma social-democracia, que leva em consideração o estado de bem estar social. Para o vereador, entretanto, as garantias sociais dessa opção têm um peso financeiro que precisa ser adequado por reformas.

Elogiando as privatizações ocorridas principalmente na década de 1990, André Régis fez uma defesa das reformas e, também, do investimento na educação como uma maneira de promover a igualdade. “Eu fiz essa síntese para dizer que a opção pelo centro é o que faz sentido. Ninguém pode, com base em tudo o que a humanidade já experimentou, defender um regime apoiado na tirania como o socialismo. Porém, temos uma população que precisa de uma rede de proteção. O que é caríssimo, principalmente pelo custo da previdência. Precisamos encontrar uma forma de resolver esse custo, que é gigante e que não para. Uma forma que não exista apenas para buscar um equilíbrio momentâneo, mas futuro. O segredo do sucesso no futuro depende da educação. Enquanto continuarmos com essa escola vergonhosa que temos no Brasil, o futuro do bem estar vai ficar distante e o peso da assistência, crescente. Aqueles que trabalham terão que trabalhar muito, e durante muito tempo, para pagar a conta dos que se aposentarão e dos que não conseguirão emprego.”

Ao final do discurso, o vereador demonstrou seu apoio por uma candidatura presidencial alinhada a esse discurso – e fez uma crítica ao posicionamento intervencionista que tem ganhado espaço durante o período pré-eleitoral. “Para o presente, precisamos essencialmente de um presidente responsável, que cuide das contas públicas e que procure defender a moralidade. Um presidente que convença o brasileiro de que não há alternativa que não seja pela via democrática. Quem defende golpe de estado não pode ser confundido com quem defende a liberdade intransigente. Faz sentido que tenhamos em outubro uma opção segura para que haja a restauração da tranquilidade e do sentimento de normalidade da política.”

Em 05.06.2018, às 17h04