Falta de leitos nos hospitais é tema de audiêcia pública
O presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE), Antônio Jordão, afirmou que além da quantidade insuficiente de vagas, o setor da saúde enfrenta ainda a baixa qualidade de alguns destes leitos. “São leitos de UTI de faz de conta porque não possuem equipamentos essenciais e não oferecem as condições adequadas para receber os pacientes”.
Já a representante da secretaria municipal de Saúde, Kátia Guimarães, alertou que há alguns entraves para a criação de novos leitos: “Um dos grandes desafios está no financiamento. A diária paga pelo SUS por um leito de UTI não cobre os custos”.
Para o representante do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (CREMEPE), José Carlos Alencar, políticas de combate à violência urbana poderiam aliviar a pressão sobre os hospitais: “A discussão não deve se resumir a falta de leitos, devemos pensar também em formas de reduzir os acidentes de trânsito e também evitar a necessidade de leitos de UTI pediátrica investindo no pré-natal das gestantes e na formação de profissionais para diminuir o nascimento de prematuros”.
O Governo do Estado ampliou de 388 para 611 o número de leitos de UTI nos últimos quatro anos, segundo a representante da Secretaria Estadual de Saúde, Zelma Pessoa. Mas ela admitiu que o número ainda está muito longe do mínimo estipulado pelo Ministério da Saúde, que é de 4% do total de leitos hospitalares. O déficit é de 130 leitos. Zelma disse ainda que serão criadas ainda este ano 80 novas vagas de UTI nos hospitais públicos e outras 309 já estão em processo de licitação em hospitais particulares com diárias pagas através do SUS.
Em 07.04.2010, às 15h.