Audiência Pública discute segurança nos bancos
Participaram da audiência pública representantes do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), da Secretaria de Defesa Social, do Sindicato dos Bancários e do Sindicato dos Vigilantes. Integrante da Comissão de Segurança Pública da Câmara, o vereador Almir Fernando (PC do B) lamentou a ausência da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), que foi convidada para a reunião, mas não enviou representantes.
Também integrante da comissão, o vereador Amaro Cipriano (PDT) alertou que a principal preocupação dos parlamentares são as leis não cumpridas, entre elas a do vereador Josenildo Sinesio que exige a instalação de portas giratórias, janelas e vidros blindados nas agências bancárias, além de outras medidas. Já o vereador Alexandre Lacerda (PTC) é autor de duas leis que tornam obrigatória a instalação de câmeras e a presença de seguranças armados na área externa das agências. São leis em vigor que não são respeitadas pelas empresas. “Devemos cobrar da Febraban, promover atos públicos na porta dos bancos”, defendeu Sinesio.
Tramitam na Câmara dois projetos de lei do vereador Maré Malta. Eles obrigam as instituições bancárias a adotar dispositivos para inutilizar as cédulas transportadas em malotes e dentro dos caixas eletrônicos em caso de arrombamento.
O delegado Antônio Barros falou sobre a explosão de caixas eletrônicos que sempre acontecem durante a madrugada. Só no ano passado, foram roubadas mais de duas toneladas de explosivos. A ausência de vigilantes e de câmeras nas agências encoraja os criminosos, segundo o delegado. “ Só a ação da polícia não resolve. As prisões acontecem, mas as ações dos criminosos continuam porque os bancos não fazem os investimentos necessários em segurança”.
O MMPE instaurou um inquérito civil para investigar os casos de arrombamentos de caixas eletrônicos e vai exigir judicialmente que os bancos cumpram as leis municipais para aumento da segurança nas agências, garantiu o promotor de justiça Ricardo Coelho. Em 30 dias, o MPPE pretende formalizar um termo de ajustamento de conduta (TAC) entre as entidades envolvidas para estabelecer obrigações e sanções.
Ainda durante a audiência pública um representante da empresa belga Arrowplan apresentou um sistema de proteção inteligente para caixas eletrônicos que queima as cédulas em caso de arrombamento.
Em 04.05.2011, às 13h20.