Bombeiros civis participam de reunião pública na Câmara
Para Almir Fernando, a sanção da lei do bombeiro civil não foi suficiente para garantir o respeito devido à categoria. Segundo ele, ainda é preciso melhorar condições de trabalho na prática. “O grande objetivo da reunião é lembrar os dez anos da criação da lei federal dos bombeiros civis. É importante fazer esse debate para esclarecer algumas dúvidas e encaminhar um documento buscando benefícios para eles. A pauta principal é um maior respeito pelo bombeiro civil e um reconhecimento da importância do seu trabalho. Queremos que o que foi colocado na lei seja respeitado e aplicado.”
O bombeiro civil e educador Paulo Xavier detalhou as condições atuais do mercado de trabalho. “A questão toda é que somos desvalorizados. Existem pessoas que estão se aproveitando dos profissionais, pagando apenas R$ 50 por uma jornada. Isso não pode ser admitido. Como qualquer trabalhador, o bombeiro civil tem que ter sua dignidade e direitos respeitados. Queremos, ao marcar a data da lei, trazer mais esclarecimento sobre a profissão.”
Instrutor e coordenador de operações, o bombeiro civil Alan Fritz abordou as especificidades do rapel profissional. “Temos um tipo de trabalho em altura voltado ao alpinismo industrial e ao resgate. Sabemos muito bem que existem contaminações do rapel esportivo, que usualmente não é um trabalho de bombeiro civil. Buscamos trazer essa informação para o efetivo.”
Já o bombeiro civil e instrutor Tony Uchoa falou sobre os elementos necessários ao desenvolvimento do profissional que deseja trilhar a carreira. “Prestamos uma consultoria sobre a formação do bombeiro civil. O cliente compra esse produto e precisa saber o que fazer para caminhar sobre esse mercado de trabalho. Ele tem que ter qualificação, formação, conhecimento das normas, responsabilidade e ética.”
A importância de uma boa formação foi destacada, ainda, pelo bombeiro civil resgatista Fernando Victor. De acordo com ele, o conhecimento especializado do uso de equipamentos é essencial para garantir o acesso a postos de trabalho no setor industrial. “Na indústria, a visão é totalmente diferenciada. A questão dos equipamentos é importante. Temos que procurar e agregar especializações para levarmos para lá. A área industrial é muito restritiva, mas se você vai com qualificações o mercado está aberto.”
A bombeira civil Eduarda Alves também aderiu a uma mensagem de incentivo à qualificação. “Quero agradecer a todos por terem saído de suas zonas de conforto e por virem aqui enriquecer o debate. Espero que vocês absorvam, busquem e se informem. Não estamos aqui à toa. Busquem se qualificar.”
Em 22.02.2019, às 17h07