Câmara aprova extinção de cargos comissionados na prefeitura
Mas a vereadora Priscila Krause Krause (DEM) chamou a atenção para o fato de que os novos cargos causam impacto de 18% nas contas da Prefeitura. Segundo ela, os gastos vão pular de R$ 55 milhões para R$ 65 milhões, quando no início da gestão o prefeito afirmou que haveria redução de R$ 1 milhão por mês com extinção de cargos. “A conta é estranha, pois ao extinguir 160 cargos reduziria os gastos em R$ 2,451 milhões por ano, mas ao contratar 150 novos comissionados vai aumentar a despesa para R$ 18,723 milhões por ano. Uma diferença de R$ 16,282 milhões por ano. O compromisso de campanha de reduzir a máquina pública não está acontecendo”.
No entanto, Eurico Freire (PV) considerou a eficiência da oposição, mas frisou que a motivação do prefeito é qualificar os quadros da prefeitura para possibilitar a captação de verbas no governo federal. Ele disse que a PCR diminuiu de tamanho passando de 24 secretarias para 22. “Compromisso do prefeito é qualificar a gestão e profissionais qualificados custam mais no mercado”. Vicente André Gomes (PSB), presidente da Casa, destacou que se não houver melhores salários o estado não terá bons profissionais. “Sou contra não respeitar a LRF que nessa gestão está absolutamente dentro do padrão”.
André Régis (PSDB) desenvolveu extenso raciocínio acerca da carga tributária cobrada dos cidadãos nas esferas federal, estadual e municipal, e que segundo ele, sem o devido retorno em serviços públicos de qualidade. “O cidadão paga, mas não há debate sobre quanto custa a manutenção do Estado. Não sabemos quanto custa a limpeza pública, limpar as praças do Recife, manter escolas, postos de saúde e por aí vai”. O vereador argumentou que o orçamento da PCR é ilimitado e a arrecadação chega aos R$ 6 bilhões, mas apenas 6% são disponibilizados para investimentos. “É preciso justificar esse aumento de gastos com pessoal”.
Em 08/04/2014 às 17h50