Câmara aprova Prêmio Capiba para blocos líricos

Compositor de frevos como É de Amargar, Manda Embora Essa Tristeza e Juventude Dourada, Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba, agora dá nome a um prêmio que tem como objetivo preservar uma tradição exclusiva do carnaval pernambucano: os blocos líricos. O projeto, de autoria do vereador Estefano Menudo (PHS), foi aprovado por unanimidade, na sessão plenária de hoje (8).

O Prêmio Capiba de Blocos Carnavalescos Líricos do Recife será promovido pela iniciativa privada com contrapartida publicitária da Prefeitura. Através de concurso, serão premiados os blocos líricos que apresentarem melhor canção inédita, desde que as agremiações tenham, no mínimo, um ano de existência.

O julgamento será feito por uma comissão especial responsável pela avaliação dos blocos. A apuração dos votos e a premiação serão realizadas no último dia de carnaval. Mas o projeto precisa ainda ser aprovado em segunda discussão e só então, poderá ser encaminhado para sanção ou veto do prefeito.

Origem - Lourenço da Fonseca Barbosa, nome de batismo de Capiba, nasceu na cidade de Surubim em 1904. Desde a infância, a música sempre fez parte da vida do compositor, que começou a trabalhar como pianista ainda garoto. Foi em 1930 que chegou ao Recife, onde se consolidou como autor de vários frevos-canção, mas seu primeiro grande sucesso nacional foi a canção Maria Betânia, gravada por Nelson Gonçalves, em 1945.

Capiba morreu em 31 de dezembro de 1997, mas deixou como legado sua obra musical que embala até hoje os carnavais de Pernambuco: “... E se aqui estamos cantando esta canção, viemos defender a nossa tradição, e dizer bem alto, que a injustiça dói, nós somos madeira de lei que cupim não rói...”.