Câmara concede voto de aplauso a edição local do Brasil de Fato

De acordo com o vereador, é preciso que os veículos de informação sejam transparentes quanto a suas linhas editoriais. Ele ressaltou, ainda, a necessidade não de veículos que se digam imparciais, mas de uma pluralidade de visões no campo da comunicação como um todo. “Quando falamos de meios de comunicação, imprensa e jornalismo, existe um grande mito que precisamos enfrentar: a imparcialidade jornalística. Não existe imparcialidade, muito menos jornalística. Os veículos de informação têm limitações de espaço e tempo. No campo do direito à comunicação, a meta nunca será a imparcialidade, mas a transparência e a diversidade. Todo veículo tem um lado.”

Citando o exemplo de países onde o governo financia iniciativas com diversas visões de mundo, Ivan Moraes parabenizou o Brasil de Fato pela transparência editorial. “Não há nenhum demérito em um veículo de informação que se caracterize como parte de um grupo religioso, ou como um veículo comercial, ou do meio sindical. O que é ruim é quando não sabemos em que lado o veículo está. O nosso mandato propõe um voto de aplauso a um veículo que está na nossa cidade e que não tem vergonha nenhuma de dizer de que lado está e de fazer um jornalismo responsável, que propõe discussões importantes. Eles estão do lado da população, das pessoas que defendem os direitos humanos, dos movimentos que querem transformar a nossa sociedade.”

Em um aparte, o vereador André Régis declarou seu voto favorável ao requerimento do colega. Mesmo se posicionando contrariamente à postura do jornal, o parlamentar ressaltou a importância da defesa da liberdade. “Vou votar a favor, apesar de que, pelo que me chega, ser uma leitura que não reflete minha visão de mundo. Isso é absolutamente natural dentro de uma sociedade plural. Devemos fazer aqui um elogia à liberdade. A defesa da liberdade deve ser intransigente. A sociedade precisa de pluralidade, de diversos caminhos para que ela possa se instruir. Qualquer cidadão bem informado é capaz de fazer um discernimento e de entender se o que está sendo dito é plausível ou não.”

Em 02.05.2018, às 16h58