Câmara discute intervenções na Agamenon Magalhães

As implicações que a construção dos quatro viadutos sobre a Avenida Agamenon Magalhães podem causar à população. Esta foi a pauta da reunião pública com o secretário das cidades, Danilo Cabral, promovida pelo presidente da Câmara, Jurandir Liberal (PT), no plenarinho , na manhã desta quinta-feira (15). Os vereadores presentes levantaram diversas questões que envolvem as obras, sobretudo um plano de circulação quando ocorrerem os trabalhos. “As intervenções são importantíssimas, mas precisamos conhecer as alternativas que o recifense terá numa via em que o trânsito já flui com dificuldades”, afirmou o presidente.

O secretário das Cidades admitiu que as obras causarão transtornos  -  numa avenida onde circulam diariamente entre 100 mil a 150 mil veículos -  mas  ressaltou que  foram  estudadas  medidas para facilitar a mobilidade.  “Trata-se de  um plano   que contempla  vias alternativas para os veículos; obras em horários  de menor  movimentação e  uma  comunicação eficiente, para informar e prestar serviços  à população”.  Ele também destacou que a mobilidade é um desafio para o Recife e Região Metropolitana  e  fez uma análise história do processo de ocupação das  cidades, ressaltando que  todas as  intervenções  fazem parte de um conjunto maior que compreendem outras obras e  devem  ocorrer de forma integrada e sustentável.

De acordo com o projeto, que já começou a ser licitado, quatro viadutos serão construídos sobre a Agamenon Magalhães. O primeiro entre o Parque Amorim e a entrada da Avenida Rosa e Silva. O segundo na altura da Avenida Rui Barbosa. O terceiro ligando as ruas Dom Bosco e Joaquim Nabuco. E o quarto saindo  da Rua Paissandu. As intervenções acabam com os cruzamentos nos pontos onde serão construídos os viadutos  o que vai liberar o trânsito na via.

Segundo Danilo Cabral, a obra vai aumentar a velocidade média dos carros. “Temos  estudos que mostram  que em alguns trechos da  avenida os carros  desenvolvem  5 km/hora nos horários entre às 17h e 19h.” Para o presidente da Comissão Especial de Mobilidade Urbana da Câmara, Gilberto Alves (PTN), o projeto tem o mérito de dar mais velocidade ao transporte coletivo sem esquecer os carros particulares. “É uma proposta mais avançada do que a de Bogotá onde estive recentemente para conhecer o sistema de corredores exclusivos para ônibus, atualmente considerado um dos melhores do mundo”.

O vereador Maré Malta (PSD) lembrou das desapropriações e disse que membros da  comunidade portuguesa estão preocupados com   o Clube Português.  O secretário afirmou que a orientação do governador Eduardo Campos é  dialogar com cada proprietário dos  imóveis que serão atingidos pelas obras. “NO caso do Clube serão alguns metros apenas, mas existe um conjunto de 31 imóveis a serem desapropriados ao  custo de   R$ 35 milhões.”

O vereador  Romildo Gomes ( PSD)  perguntou sobre os prazos de início e final dos trabalhos. Segundo Danilo Cabral a  obra está orçada em R$ 132 milhões e vai levar dezoito meses para ser concluída a partir do término do processo  de licitação, que deve acontecer no final de março de 2012. Portanto, a data prevista para o final das obras é outubro de 2013.

O vereador Almir Fernando (PCdoB)  chamou a atenção para as passarelas, garagens e motovias.  O secretário disse que  as  passarelas estão previstas no projeto do corredor Norte-Sul para recepcionar as estações. “Quanto às motos, é preciso quebrar  a lógica do transporte individual e  favorecer o  transporte coletivo”. Também participaram  da reunião pública os vereadores Augusto Carreras (PV),  Luiz Eustáquio (PT) e Marília Arraes (PSB).

 

Em 15.12.2011, às 14h50