Câmara discute intervenções na Agamenon Magalhães
O secretário das Cidades admitiu que as obras causarão transtornos - numa avenida onde circulam diariamente entre 100 mil a 150 mil veículos - mas ressaltou que foram estudadas medidas para facilitar a mobilidade. “Trata-se de um plano que contempla vias alternativas para os veículos; obras em horários de menor movimentação e uma comunicação eficiente, para informar e prestar serviços à população”. Ele também destacou que a mobilidade é um desafio para o Recife e Região Metropolitana e fez uma análise história do processo de ocupação das cidades, ressaltando que todas as intervenções fazem parte de um conjunto maior que compreendem outras obras e devem ocorrer de forma integrada e sustentável.
De acordo com o projeto, que já começou a ser licitado, quatro viadutos serão construídos sobre a Agamenon Magalhães. O primeiro entre o Parque Amorim e a entrada da Avenida Rosa e Silva. O segundo na altura da Avenida Rui Barbosa. O terceiro ligando as ruas Dom Bosco e Joaquim Nabuco. E o quarto saindo da Rua Paissandu. As intervenções acabam com os cruzamentos nos pontos onde serão construídos os viadutos o que vai liberar o trânsito na via.
Segundo Danilo Cabral, a obra vai aumentar a velocidade média dos carros. “Temos estudos que mostram que em alguns trechos da avenida os carros desenvolvem 5 km/hora nos horários entre às 17h e 19h.” Para o presidente da Comissão Especial de Mobilidade Urbana da Câmara, Gilberto Alves (PTN), o projeto tem o mérito de dar mais velocidade ao transporte coletivo sem esquecer os carros particulares. “É uma proposta mais avançada do que a de Bogotá onde estive recentemente para conhecer o sistema de corredores exclusivos para ônibus, atualmente considerado um dos melhores do mundo”.
O vereador Maré Malta (PSD) lembrou das desapropriações e disse que membros da comunidade portuguesa estão preocupados com o Clube Português. O secretário afirmou que a orientação do governador Eduardo Campos é dialogar com cada proprietário dos imóveis que serão atingidos pelas obras. “NO caso do Clube serão alguns metros apenas, mas existe um conjunto de 31 imóveis a serem desapropriados ao custo de R$ 35 milhões.”
O vereador Romildo Gomes ( PSD) perguntou sobre os prazos de início e final dos trabalhos. Segundo Danilo Cabral a obra está orçada em R$ 132 milhões e vai levar dezoito meses para ser concluída a partir do término do processo de licitação, que deve acontecer no final de março de 2012. Portanto, a data prevista para o final das obras é outubro de 2013.
O vereador Almir Fernando (PCdoB) chamou a atenção para as passarelas, garagens e motovias. O secretário disse que as passarelas estão previstas no projeto do corredor Norte-Sul para recepcionar as estações. “Quanto às motos, é preciso quebrar a lógica do transporte individual e favorecer o transporte coletivo”. Também participaram da reunião pública os vereadores Augusto Carreras (PV), Luiz Eustáquio (PT) e Marília Arraes (PSB).
Em 15.12.2011, às 14h50