Câmara discute prestação de contas da Secretária de Saúde

Os investimentos, gastos, ações e serviços realizados entre setembro e dezembro de 2017 pela Secretaria de Saúde do Recife foram debatidos na Câmara Municipal nesta sexta-feira (11). Sob a coordenação do presidente da Comissão de Saúde da Casa, o vereador Rogério de Lucca (PSL), representantes da Prefeitura, parlamentares, integrantes da sociedade e de setores sindicais discutiram a prestação de contas do terceiro quadrimestre em uma audiência pública. No plenarinho lotado, servidores também fizeram reivindicações salariais e por melhores condições de trabalho em unidades como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

Em 2017, os gastos em saúde da Prefeitura bateram um recorde: representaram 19,54% da receita do município, quando computados gastos com despesas realizadas em anos passados. O valo representa, em números absolutos, mais de R$ 580 milhões. O percentual mínimo exigido pela Constituição Federal para o gasto com saúde pelos municípios é de 15%.

Após aprovar a prestação de contas, Rogério de Lucca comentou o desempenho da Prefeitura no quadrimestre. “A nossa audiência era para debater a saúde, não é um foro específico para julgar os salários. Foi um balanço positivo. Inclusive, eles conseguiram otimizar muitos serviços. Conseguiram ampliar as equipes de saúde. Houve um efeito benéfico para a população. Conseguimos aprovar as contas do quadrimestre.”

Também participou da audiência o vereador Ivan Moraes (PSOL), que levantou questionamentos aos representantes da Secretaria da Saúde. “Viemos demandar o aumento da rede e prestar solidariedade às servidoras e servidores que estão em greve. O que a gente percebe é que a atenção básica está estagnada há muito tempo. Bateu ali em 59% de cobertura desde 2013, enquanto 40% da cidade vive um apagão da saúde. A Prefeitura prioriza a reforma dos prédios de saúde da família. Transforma em Upinhas os lugares em que já há o atendimento, ao invés de priorizar a ampliação da rede para que a gente pudesse chegar a 100% da cidade.”

Segundo a secretária-executiva de coordenação geral da Secretaria da Saúde, Danielle Ducca,  a Prefeitura realizou um trabalho eficiente em meio a um cenário de recursos escassos. “O balanço é muito positivo. Trouxemos um número recorde de percentual aplicado de recursos do tesouro de 19,54%. Isso demonstra a priorização que o prefeito dá à área de saúde e o esforço que envidamos para continuar investindo sem retração na oferta de serviços em meio à crise econômica. Conseguimos apresentar números positivos de investimentos. A realidade dos CAPS é bem difícil, por isso temos um plano de requalificação de 13 deles, sendo cinco já para este ano de 2018, num investimento de R$ 650 mil. Serão 1,8 milhão ate 2020.”

Em 11.05.2018, às 18h15