Câmara homenageia a Acessibilidade Cultural

A acessibilidade cultural foi reverenciada na manhã desta sexta-feira, 21, em uma reunião solene repleta de arte na Câmara do Recife. Instituições e pessoas que trabalham para promover a inclusão em diversas áreas lotaram as galerias e o plenário da Casa. No pátio interno, uma feirinha de artesanato deu um colorido especial ao jardim, com produtos feitos por artistas locais. O evento foi uma iniciativa do vereador Wanderson Florêncio (PSDB).

“O objetivo da solenidade foi trazer um olhar diferenciado para as pessoas que mais precisam. O dia de hoje será um marco na história da cidade do Recife e da Câmara Municipal. Talvez seja o pontapé inicial para dar visibilidade aos que precisam, que eles sejam mais valorizados e olhados por todos para que tenham dias cada vez melhores. Nosso objetivo é promover a cidadania, a inclusão, com arte e cultura para mostrar que todos nós somos iguais, merecemos respeito e queremos um lugar melhor para todos”, destacou o parlamentar durante o discurso.

Wanderson Florêncio destacou leis de autoria dele que visam garantir a acessibilidade e inclusão para todos. Entre elas, a lei 18.141, de 2015, que garante provadores de roupas adaptados nas lojas e magazines com mais de 150 metros quadrados e a lei 18.144, do mesmo ano, que obriga as agências bancárias a disponibilizarem balcões de atendimento adaptados aos cadeirantes. “Agora está em tramitação aqui na Casa um projeto de lei meu para consagrar o dia 21 de agosto como o Dia em Homenagem à Acessibilidade Cultural. É um grande orgulho poder dar essa contribuição. É uma conquista de todos e uma vitória para o Recife”, frisou o vereador.

A solenidade homenageou, com a entrega de placas comemorativas, 17 instituições dedicadas ao incentivo e inclusão de pessoas com necessidades especiais. Em nome de todos os homenageados, Telma Andrade, da Associação Cultural e Assistencial dos Artistas de Pernambuco, falou da importância de cada um e contou um pouco das dificuldades da associação e dos associados ressaltando que a luta deve continuar. “A força está na sociedade civil. Se você quer lutar por um cadeirante ou um cego, você tem que estar aqui. Devemos estar todos juntos nessa luta. Estou muito feliz pelo dia de hoje, pois sei que vamos conseguir. Outro dia fui para Brasília e lá ouvi ‘Parabéns, Pernambuco! O único estado que tem música em Braile e Libras’. Hoje, nós estamos de parabéns e não tem outra forma de dizer além de: Obrigada, meu Deus!”.

A professora de música Braile na Fundação Altino Ventura, Ketiane Barros, cega desde bebê, cantou e tocou violão. O Muniz do Arrasta-pé, também cego, trouxe o forró. Os Batuqueiros do Silêncio, grupo formado por surdos, deu um toque especial com apresentação de uma música feita por ele. Depois, foi a vez do Grupo Mudança apresentar um Rap. Já o Grupo Força Especial fez os participantes da solenidade dançarem ao som do Reggae.

 

Em 21.08, às 12h38