Câmara vai convocar presidente da CTTU para esclarecer Zona Azul Digital do Recife
Na tribuna do plenário, Ana Lúcia falou sobre os problemas da implementação, como a escassez de talões impressos mesmo antes da troca de sistema e a falta de diálogo sobre o CZAD com a Câmara. “A ausência de bilhetes causou multas a vários motoristas que estavam sem eles em seus veículos. Enquanto vereadora, se algum morador me perguntar como será o novo sistema, eu não saberei responder. Em uma rápida leitura do decreto, encontrei diversos questionamentos. Sabem por quê? Porque isso não foi discutido com os vereadores.”
Segundo a parlamentar, a Prefeitura precisa informar melhor a população sobre o aplicativo e ter cautela para não penalizar usuários com a novidade. “A ferramenta eletrônica é usada em massa, mas nem toda a população tem acesso. Outra questão são os idosos. Só terão direito aos 20 bilhetes gratuitos aqueles que são do Recife. E os de Paulista que, por exemplo, vêm fazer consultas de saúde?”
A vereadora Aline Mariano (PP) também pediu mais diálogo entre o Executivo e o Legislativo. Ela fez um apelo para que a Prefeitura não multe condutores prejudicados pela escassez de talões impressos. “Tudo o que acontece no Recife, mesmo qe por meio de decreto, normalmente é discutido nesta Casa. Precisamos de um tempo para que as pessoas se adequem. Os Poderes têm que ter essa sintonia. Os vereadores precisam ter conhecimento de tudo o que é decidido nesta cidade.”
Para o vereador André Régis (PSDB), o fim dos talões impressos é uma necessidade – mas a ferramenta por aplicativo não é a única saída. “Vários países adotam o parquímetro na calçada. Você digita a placa e paga com cartão de crédito, não precisa de papel. São equipamentos simples e o sistema é inteligente, diz quanto tempo se pode ficar. O sistema também permite colocar o CPF, o que já resolve a questão da idade. O talonário físico deve ser mesmo descontinuado, mas é claro que é preciso um tempo de adequação.”
Em 25.06.2019, às 17h45