Combate ao crack mobiliza parlamentares

Na luta contra o crack, o vereador Luiz Eustáquio (PT), defendeu hoje na Câmara do Recife a internação compulsória dos viciados, a exemplo do Rio de Janeiro e São Paulo. Ele convidou os parlamentares a participarem de uma audiência pública que vai ser realizada no dia 21 deste mês para debater o assunto com a sociedade. A audiência deverá ser realizada no plenarinho da Câmara. Ele disse que o país está mobilizado e preocupado com a questão das drogas, por se tratar de um problema de saúde pública. O vereador ressaltou que apenas 7% de toda a verba destinada para o combate às drogas foi solicitada pelos estados e municípios. Para ele, o Estado precisa intervir e a Câmara precisa continuar firme no combate e unidos defendendo a participação de todos.

Priscila Krause (DEM) frisou que a luta contra as drogas deve ser de todos para se transformar em realidade as leis. Ela disse que é favorável ao internamento compulsório por acreditar que uma pessoa sob efeito de drogas não terá discernimento para escolher se tratar. “Acho que todos devemos ter o direito de decidir sobre a própria vida, mas viciados nem sempre conseguem. Vamos transformar diálogos em ações”.

Henrique Leite (PT) lembrou que aqueles que andaram nas comunidades puderam sentir de perto o drama das famílias onde há viciados, especialmente em crack. “Também defendo o tratamento compulsório porque é difícil convencer alguém depende a se tratar. Há setores da saúde que são contrários á internação, mas é preciso fazer algo e urgente”. A líder da Oposição, vereadora Aline Mariano (PSDB) considera o crack uma epidemia nacional.para ela as autoridades demoraram a enxergar o problema e isso passou a ser um desafio. “Fizemos relatórios sobre o trabalho feito em outras cidades visitadas pela Frente de Combate ao Crack para subsidiar o então prefeito, mas nada saiu do papel”.

Amir Fernando (PCdoB) lembrou que o Recife se antecipou azo país e criou os ambulatórios de rua, e o novo prefeito já disse que vai dobrar o número deles. Disse ainda que o Estado tem diversas ações de combate às drogas, mas ainda é pouco. Para ele é preciso fazer muito mais. Já Marco Aurélio (PTC) considera o crack um fantasma que ronda as cidades. Ele disse que não consegue entender como se fala em livre arbítrio m escolha para pessoas dominadas por um vício. Jairo Britto (PT) disse que o recife combateu as drogas na gestão passada. Segundo ele, havia projetos e programas de combate, mas sem a internação compulsória. Vicente André Gomes (PSB), presidente da Casa, lembrou que é preciso entender o mecanismo da dependência. “Nesta Casa já trabalhamos  no sentido de que seja dada a entidades que trabalham no combate às drogas, verbas para que possam desenvolver melhor o trabalho delas. “Organismos como igrejas, ONGs e outras entidades podem ajudar e muito, por já trabalham com isso”.

 

Em 06.02.2013, às 18h48.