Comissão da Lei Orgânica é instalada na Câmara Municipal
A reunião de instalação da comissão ocorreu às 10h na Sala das Comissões e foi decidido que o colegiado terá 180 dias, a contar da presente data, para conclusão dos trabalhos. Os próximos 20 dias úteis serão o prazo para os vereadores apresentarem suas emendas, que serão analisadas e, se aprovadas, incluídas no novo texto da lei. Ao final desse prazo, a Comissão Especial realizará a sua primeira reunião para elaboração do texto final. O vereador Gilberto Alves lembrou que é importante garantir, nesse período, a participação de dois setores, a Consultoria Legislativa e a Procuradoria da Câmara, para analisar as emendas apresentadas pelos vereadores. Segundo ele, os técnicos poderão fazer essa análise observando os limites da Constituição Federal e Estadual, o que objetivará a elaboração da nova LOM. O presidente Gueiros concordou com a sugestão e a acatou de imediato.
“A Lei Orgânica é a nossa lei maior em termos municipais. Realizaremos um trabalho que, ao mesmo tempo será político e técnico”, advertiu Carlos Gueiros. A LOM estabelece os direitos e deveres dos cidadãos, inclusive de suas autoridades, dos servidores públicos, as atribuições de órgãos e os meios materiais para executar as atividades. “O primeiro trabalho que a Câmara do Recife já fez para revisar a atual Lei Orgânica foi um levantamento, através do setor de Consultoria Legislativa, acerca das mudanças ocorridas na Constituição Federal e Estadual nos últimos anos. A nossa Lei Orgânica tem que refletir essas mesmas mudanças”, observou. A Lei Orgânica do Recife está em vigor desde 2007 e desse ano para cá várias modificações já ocorreram nas outras Leis.
O relator Antonio Luiz Neto está no sétimo mandato e participou da elaboração da LOM que está em vigor. “Aquele foi um momento muito rico, de aprendizado. A Lei Orgânica foi atualizada, na ocasião, de acordo com a Constituição de 1988. Foi a partir dela que a Câmara do Recife pode conversar com a população sobre suas reais necessidades”, lembrou. Antonio Luiz Neto, porém, fez uma ressalva baseado na experiência daquela revisão: “É importante que os vereadores estejam conscientes de que vamos revisar a carta constitucional da cidade. Ela, por sua natUreza, é sintética e traz as diretrizes gerais de funcionamento da cidade. Não se trata, portanto, de elaborar uma lei ordinária ou um regimento, que pede minúncias e detalhamentos”, alertou.
Em 13.02.2017, às 12h15.