Comissão de Educação volta a discutir reivindicações das Escolas Profissionalizantes
Além de integrantes de associações de moradores, escolas e do sindicato dos professores da rede municipal (SIMPERE), também estiveram presentes o superintendente de Gestão e o Gerente de Qualificação Profissional da Secretaria de Juventude e Qualificação da Prefeitura do Recife, João Luís da Silva e Severino Júnior. Inicialmente, os sindicalistas, professores e moradores do Parque dos Milagres, no Ibura, e do Vasco da Gama, reafirmaram os argumentos para que a coordenação das escolas permaneça com a Secretaria de Educação e não seja transferida para a Pasta da Juventude, conforme estudos iniciados pela Prefeitura.
O diretor do SIMPERE, Roberto Santana, ressaltou o trabalho das escolas profissionalizantes no atendimento a alunos oriundos de programas sociais. “Temos escolas que existem há quase 50 anos, elas têm uma organização que funciona”. O gestor da Escola Moacir de Melo Rêgo, do bairro do Vasco da Gama, Irapoan Francisco da Silva, complementou informando que 50% dos alunos são inseridos no mercado de trabalho.
Outro ponto defendido pela comunidade é que as escolas preparam alunos de todas as idades e também fazem um trabalho de integração familiar. Para a coordenadora do CAIC de Parque dos Milagres, no Ibura, Alessandra Martins, as mães fazem cursos junto com os filhos. “Se a escola for para a Secretaria da Juventude, quem não é jovem e quem não possui o segundo grau, vai ficar de fora?”, indaga.
O superintendente de Gestão da Secretaria de Juventude e Qualificação da Prefeitura do Recife, João Luís da Silva, explicou que a missão da Secretaria é definir políticas públicas para a juventude e de qualificação profissional para pessoas de todas as idades. “Vamos incluir todos, alfabetizados ou não. Não há a intenção de desmembrar escolas. Escolas técnicas e profissionalizantes têm vínculos com os Ministérios da Ciência e Tecnologia e o da Educação”, disse.
Ele adiantou que a Secretaria está planejando duas ações: uma para ouvir os moradores das seis Regiões Político-Administrativas (RPA’s) do município sobre as questões das escolas profissionalizantes. O grupo de trabalho, criado durante a reunião de hoje, vai elaborar a pauta desses encontros com as comunidades. O vereador Henrique Leite será o representante da Câmara no grupo. A outra ação é a aplicação de três mil questionários, para identificar as vocações de cada local e elaborar um diagnóstico. “Nenhum modelo de gestão será implantado antes desses encontros com a população”, garantiu o superintendente.
Para o vereador André Régis, a Comissão foi chamada para mediar um conflito e está cumprindo esse papel. “Acho que tudo caminha para uma parceria entre as Secretarias de Educação e da Juventude para atender as necessidades, tanto dos docentes quanto das comunidades. Lutar pela escola é nobre“, concluiu.
Em 07.05.2013, às 17h13.