Comissão de segurança começa reuniões por Casa Amarela

As reuniões itinerantes da Comissão de Segurança Pública, nas comunidades, terão como objetivo obter subsídios e informações no que se refere à falta de segurança nos bairros do Recife. Os encontros servirão para ouvir a população e buscar soluções para os problemas individuais e coletivos. Em linhas gerais foi isso que ficou definido na audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira, 20, no plenarinho da Câmara Municipal do Recife, que reuniu vereadores, representantes de órgãos públicos e entidades da sociedade civil. A primeira reunião da série será realizada na Zona Norte, uma das áreas que é considerada de alto índice de violência. Será no dia 17 de novembro, às 19h, no CAP de Casa Amarela, localizado na Avenida Norte, 5600.

A audiência pública que organizou as reuniões teve como tema “A segurança nos bairros” e contou com a participação da Polícia Militar de Pernambuco – dos cinco batalhões que cobrem o Recife, estiveram presentes representantes de dois -; da Secretaria de Defesa Social e da Guarda Municipal. Também foram convidados o Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop) e Casa de Passagem. “Vamos começar as reuniões pela Zona Norte, mas pretendemos chegar a diversos bairros da capital. Nossa proposta é ouvir as igrejas, escolas, ONGs, os colégios e representantes de pais de alunos”, disse o vereador Amaro Cipriano Maguari (PSB), que é vice-presidente da Comissão de Segurança Pública. Outro vereador que faz parte da comissão, Almir Fernando (PCdoB) afirmou que uma da metas das reuniões nas comunidades é combater o tráfico de drogas. “Vamos, dessa forma, combater a proliferação do uso do crack. Assim, estaremos ajudando as polícias e as famílias”, afirmou.

O presidente da comissão, vereador Maré Malta (PSD) ressaltou a importância das reuniões nas comunidades, dizendo que elas irão democratizar as políticas de segurança. “Elas servirão para ouvir a população e os órgãos envolvidos e obter melhoramento das ações de segurança”, disse. Na audiência pública, os vereadores afirmaram a partir das reuniões nos bairros esperam contar com o apoio de órgãos de assistência da Prefeitura do Recife e do Governo do Estado para ajudar no encaminhamento de viciados em drogas, as vítimas de violência e receber dicas de segurança. Presente à audiência pública, o major PM Roberto Galindo, subcomandante do 13º Batalhão, disse que a iniciativa da comissão é muito importante porque amplia a participação da sociedade na questão da segurança. “Nós estamos alerta à participação de qualquer entidade, sobretudo à Câmara Municipal, que representa a sociedade. Existem várias formas de nós auxiliarmos a comissão nas ações preventivas de segurança. Como, por exemplo, indo às escolas e dando orientações aos jovens sobre as drogas, seus direitos e deveres”, disse.

O delegado da Polícia Civil e chefe de gabinete da Secretaria de Defesa Social, Cláudio Borba, elogiou a iniciativa da Comissão de Segurança. “É uma forma de estar engajada na luta do Pacto pela Vida para reduzir os índices de violência. Achamos que essa participação da Câmara Municipal do Recife é fundamental, pois é uma iniciativa que se adéqua ao projeto Polícia Amiga, que é a polícia comunitária”, disse. Outro participante da audiência pública foi o inspetor Flávio Romárico, comandante da Guarda Municipal do Recife. “Acho que esta ação da comissão é uma retomada de uma ação que existiu e que foi bem sucedida. Não existe outra forma, em meu entender, de se implantar uma boa política de segurança, que não seja envolvendo a comunidade. É uma sistemática que funciona e com certeza qualquer medida que se venha a tomar, a partir das reuniões nas comunidades, terá uma eficácia prolongada”, assegurou.

Em 20.10.2011, às 11h50.