Comissão debate situação da Escola Municipal Serra da Prata

Uma reunião realizada pela Comissão de Educação, Cultura, Turismo e Esportes da Câmara do Recife nesta quarta-feira (23) se debruçou sobre os problemas enfrentados pela Escola Municipal Serra da Prata, situada no Ibura. Na Sala de Comissões da Casa de José Mariano, vereadores e membros da escola, do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife e da comunidade afetada discutiram questões relacionadas ao reordenamento escolar da Prefeitura, que poderia resultar no fechamento da unidade. A adaptação da estrutura do local também foi um ponto de debate na ocasião.

Segundo lideranças comunitárias e membros da gestão da Serra da Prata, os planos do Poder Executivo para escola era a transferência de seus alunos para centros de ensino próximos, já que a unidade teria condições físicas inadequadas. Mas a alternativa desagradou a comunidade da terceira etapa da UR-5, que temia perder o único equipamento público da localidade. A configuração geográfica do Ibura, que é recortado por ladeiras, também foi apresentada como um obstáculo à mobilidade dos estudantes que seriam realocados.

A construção de uma unidade adequada às necessidades da Escola Serra da Prata em um terreno ocioso da terceira etapa da UR-5 também teria sido aventada pela Prefeitura, mas até o momento não haveria nenhum projeto concreto para resolver a situação. E foi justamente essa insegurança a respeito do futuro da escola que fez com que a Comissão de Educação convocasse a reunião desta quarta-feira.

A presidente da comissão, a vereadora Ana Lúcia (Republicanos), avaliou positivamente as discussões da tarde e adiantou o que vem a seguir: cobrar ao Poder Executivo respostas concretas sobre o caso. “Saímos com um debate fortalecedor. A Secretaria de Educação não pode tomar a decisão de fechamento de escolas, uma coisa que envolve estudantes, famílias. Desse debate, vamos sair para uma reunião com o secretário de Educação. Diante da permanência da escola, que já sabemos que tem condições mínimas, queremos saber qual é o próximo passo para a garantia de um prédio com condições que deem garantia para que os estudantes aprendam e os profissionais exerçam seu trabalho com qualidade.”

A diretora da Escola Serra da Prata, Elaine Jaqueline Dias, se mostrou preocupada com as mudanças que podem ser feitas enquanto a situação não se resolve. De acordo com ela, modificações no imóvel podem reduzir, por exemplo, o número de turmas ofertadas. “Estamos mais seguros porque a própria Secretaria de Educação disse que não vai haver o reordenamento. As garantias que queremos é que as readequações que a Prefeitura fizer não mexam no atendimento à comunidade. Queremos as melhorias porque precisamos delas, mas que sejam conservadas as quantidades de turmas, de funcionários e professores.”

Mãe e avó de alunos da unidade, Joana Lopes explicou na reunião que os moradores do local pedem que a unidade atual não seja fechada até que um novo imóvel seja entregue. “O único bem que a gente tem na comunidade é essa escola. Estamos batalhando para que ela não feche. A situação é complicada e a comunidade, carente. Queremos que ela continue lá até a construção da próxima escola.”

Além de Ana Lúcia, participaram da reunião os vereadores Aimée Carvalho (PSB) e Hélio Guabiraba (sem partido), ambos membros da Comissão, além de João da Costa (PT) e Rinaldo Junior (PSB).

Discussão de projetos – Os parlamentares que compõe a Comissão de Educação também debateram e votaram matérias legislativas nesta tarde. Ao todo, foram 17 projetos discutidos, dos quais 16 foram aprovados. Outros 12 projetos foram distribuídos aos relatores para a emissão de pareceres.

Em 23.10.2019, às 16h43

registrado em: rinaldo junior