Comissão de vereadores recebe deficientes auditivos
Além da escola bilíngue, eles pediram também salas de aula separadas para surdos e ouvintes e a inclusão da Língua Brasileira dos Sinais – Libras - como disciplina nas escolas. A principal dificuldade relatada pelo grupo aos vereadores acontece dentro das salas de aula, durante o processo de alfabetização dos surdos, já que diferente do Português, uma língua oral, a Libras é uma língua visual, com necessidade de professores especializados. Atualmente, nas duas escolas estaduais do Recife, os alunos surdos assistem às aulas com os alunos ouvintes.
“Muitas vezes, o Governo no intuito de inclusão social ou por falta de um esclarecimento maior acha que unir é a melhor solução, mas estamos vendo agora com vocês que não tem funcionado. Minha sugestão é que a gente trabalhe em conjunto com a Assembleia Legislativa para encontrar um caminho melhor”, pontuou Henrique Leite. A mesma opinião foi compartilhada pela vereadora Michele Collins, que disponibilizou a Comissão de Direitos Humanos da Casa ao grupo. “Em novembro, vamos promover uma audiência pública para discutir sobre a situação no Recife das pessoas com deficiência, o que inclui também os surdos”.
Autora de um projeto de lei que já tramita na Câmara sobre a criação de escolas bilíngues para surdos no âmbito municipal, a vereadora Isabella de Roldão também se mostrou solidária à necessidade dos surdos. “Quando a gente propõe a criação dessas escolas, não precisa ser necessariamente a construção física de locais. Basta que as salas de aula sejam separadas para que as crianças possam ser alfabetizadas e avançar nos estudos”. O grupo também pediu ajuda para participar de uma passeata nacional que vai acontecer no próximo dia 14 em Brasília.
Em 07.08.2013, às 18h35