Corpo de Liberato é sepultado em Santo Amaro

Josias Tavares, Severina da Silva, Edna Marques. Os nomes nas catacumbas que cercam a última morada do ex-vereador Liberato Costa Júnior, sepultado no cemitério de Santo Amaro nesta quinta-feira (14), não são ilustres – mas, com isso, refletem o amor que o parlamentar tinha pelo povo recifense.

A cidade, ele costumava dizer, era a única amante com que sua esposa deveria se preocupar. Mas Dona Jandira da Costa, falecida em 1993, deu um jeito de reunir as duas paixões do marido. O jazigo número 146 do bloco E do cemitério, para onde o corpo de Liberato foi conduzido, guarda o nome e os restos mortais da esposa.

Liba, como era conhecido, acumulava dez mandatos como vereador na Câmara do Recife. Além de servir a Casa de José Mariano, ele também exerceu o cargo de prefeito da cidade e de deputado estadual de Pernambuco. Uma parada cardiorrespiratória foi o motivo da morte do recifense de 99 anos, anunciada no fim da manhã da quarta-feira (13).

O corpo de Liberato foi velado na Câmara, onde admiradores e familiares puderam prestar suas homenagens. Pouco antes do cortejo que o acompanhou até o cemitério de Santo Amaro ser iniciado, o vereador e pastor evangélico Alfredo Santana (PRB) realizou uma prece. “Esse menino recifense dedicou sua vida para ver uma Mauriceia melhor. Como parlamentar, dispensa comentários. Até dormindo sonhava com o bem do Recife”.

O funeral foi assistido por autoridades da política pernambucana e, especialmente, municipal. O vereador e presidente da Câmara do Recife, Vicente André Gomes (PSB), ressaltou que a obra do ex-parlamentar não morreu. “A capacidade de Liberato é inusitada. A gente não pode definir, porque são tantos merecimentos, tantos fatos políticos, tanta história a guardar que a gente acha estranha a morte dele. Todos que morrem deixam uma saudade, uma tristeza. Mas com Liberato é estranho, pensamos que ele está vivo – até porque ele se vai imortal”.

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), também esteve presente durante o sepultamento. “Ele foi uma grande referência para várias gerações da política recifense e pernambucana. Liberato dedicou sua vida inteira à política. Era um apaixonado pelo Recife e que estava sempre pensando em como melhorar a vida da população especial os mais pobres. É um homem que deixa muitos ensinamentos e admiração”.

Em 14.01.2016, às 12h37