Davi Muniz afirma que famílias não serão despejadas de comunidade
A decisão judicial que tinha força de levar à desocupação da área foi tomada há cerca de 15 dias. “Quando a comunidade soube que seria despejada, todos ficaram surpresos e as últimas semanas foram de muita tensão para as famílias. Lá residem muitas crianças e idosos e como os moradores estão esperando a liberação de apartamentos num residencial, ninguém tinha para onde ir”, contou Davi Muniz. A Companhia Estadual de Habitação e Obras, segundo ele, fechou um acordo com quatro pessoas que se diziam representantes da comunidade, para desocupação da área, e sem nada informar, imediatamente ingressou com o mandado de segurança pedindo a desocupação.
Só que a Cehab, antes de ingressar com o mandado, fez acordo com as pessoas erradas, segundo o vereador Davi Muniz. Ele disse que as pessoas já fizeram parte da comissão de moradores, mas estão afastadas. “São quatro pessoas e somente uma delas ainda reside na comunidade. As outras três nem lá residem mais. As quatro foram destituídas do cargo de representantes numa audiência pública que realizamos na Câmara Municipal do Recife. A maioria dos moradores decidiu pelo afastamento delas. E instituiu uma nova comissão. Inclusive, está isso lavrado em ata. Portanto, o acordo não tem valor”, ressaltou.
O gabinete do vereador recorreu da decisão judicial. “Hoje, ganhamos a causa e as famílias não precisarão mais sair”, comemorou. Davi Muniz adiantou que, apesar de a situação estar contornada, um problema vai persistir na comunidade: o habitacional a ser construído pela Cehab vai garantir moradia para 222 famílias, quando o total é de residentes é de 572.
Em 05.06.2018, às 16h12.