Defensora Geral do Estado recebe Medalha José Mariano

Comparada ao abolicionista José Mariano pelo trabalho à frente da Defensoria Geral do Estado, o vereador Antonio Luiz Neto (PTB) saudou a Defensora Geral Marta Freire, ao conceder a ela a Medalha do Mérito, maior comenda outorgada pela Câmara do Recife, na quinta-feira 27. “Ser vereador não representa apenas o povo do Recife, mas voltar ao passado para trazer exemplos de herois e suas lutas em busca de um país livre, democrático e republicano. Esse Palácio traz o nome de um abolicionista que teve por obrigação traduzir a vontade de uma pátria livre”.

O parlamentar lembrou que o Recife cumpre como polo de uma Região ser o palco de transformações sócio políticas e econômicas. “José Mariano era advogado formado pela Faculdade de Direito e escreveu seu nome nas páginas douradas da alforria. A Medalha outorgada com seu nome é a maior honraria desta Casa. Para recebê-la é preciso ter prestado relevantes serviços à cidade. A homenageada traz essas características da coragem inspirada na vocação de ajudar aos mais necessitados”.

Antonio Luiz Neto ressaltou que a homenageada, advogada formada pela Universidade Católica, criminalista e integrante da OAB,  participou da criação da Defensoria Pública e hoje é a Defensora Geral do Estado. “É o reconhecimento de seu trabalho por ter advogado para as classes mais populares. Recife agradece”.

Marta Freire agradeceu aos presentes e em especial aos líderes comunitários que vieram à cerimônia. Para ela é uma imensa honra uma representante da Defensoria Pública receber a Medalha José Mariano, um defensor abolicionista. “Nenhuma luta como a abolicionista se assemelha mais à luta da defensoria pública. A escravatura econômica é encarnada pelo capitalismo selvagem, combatido pela defensoria. É ela quem quebra os grilhões dessa moderna escravatura ao proporcionar a possibilidade de justiça”.

Para Marta Freira, a alforria dos mais necessitados veio com a Defensoria que enfrenta com coragem, garra e determinação a busca pela cidadania e igualdade. “Conviver e amparar o cidadão na busca pelo direito tem sido o trabalho contínuo da Defensoria. O trabalho atingia 1,7 milhão de pessoas, mas hoje atinge mais de 5 milhões. A Defensoria se firmou nas comunidades e cada um dos 251 defensores é um abolicionista, com quem divido essa Medalha”.

 

Em 27/03/2014 às 18h32