Dia da Mulher e voto feminino são lembrados na Câmara
Segundo ela, o movimento pelo voto começou na Inglaterra em 1897, causando comoção. O voto feminino só se tornaria realidade no mundo em 1893, na Nova Zelândia. No Brasil, a luta começou em 1910, mas foi em Mossoró, Rio Grande do Norte, em 1927 que houve liberação para o voto das mulheres e em 1928, em Lajes (RN), as eleitoras e eleitores elegeram a primeira prefeita do país. Foi Getúlio Vargas, por decreto, que concedeu o direito ao voto feminino. Em 1946, a obrigatoriedade do voto foi extendida às mulheres.
Isabella de Roldão, depois de historiar a trajetória do voto feminino no Brasil, propôs que a lei 9.504 em vigor desde 1997 criando cotas obrigando partidos a inscreverem pelo menos 30% de mulheres pule para 50%. “Pela primeira vez na história do país temos uma mulher presidente. Nas eleições de 2010 foram eleitas 43 deputadas federais e 12 senadoras. Mas considerando que as mulheres compõem mais de 50% do eleitorado brasileiro ainda é pequena sua representação, menos de 10%. Essa realidade precisa mudar”.
Raul Jungmann (PPS) considera a participação da mulher na política decisiva e fundamental para a democracia. “A participação delas nos faz homens melhores. Apoiar a luta das mulheres ajuda a diminuir a violência doméstica, uma chaga em nosso país”. Já Marco Aurélio (PTC) acredita que é preciso haver maior avanço nas políticas públicas de gênero. Aline Mariano (PSDB) frisou que a bancada feminina é diminuta, mas não menos importante que a masculina. “As políticas de gênero na gestão passada não foram boas. Esse é um momento de comemoração, mas sobretudo de reflexão, acima de questões partidárias". Michele Collins (PP) lembrou que as mulheres representam mais de 50% de votos no país. “Elas não apenas votam como são candidatas. A Câmara do Recife tem 5 vereadoras guerreiras que dão conta de casa, da igreja, do trabalho, e de cuidar dessa cidade”.
Irmã Aimeé (PSB) afirmou que a mulheres enriquecem a vida social, além de conseguirem ser tudo ao mesmo tempo. “Nós mulheres somos delegadas e mãe, dono de casa e médica e por aí vai e ainda damos conta da política”. Amaro Cipriano Maguari (PSB), além de homenagear as mulheres, disse que queria fazer menção à violência contra elas, lembrando que o assassinato de uma parlamentar em Maceió, Alagoas, só foi julgado 13 anos após o ocorrido. “Nosso país é machista e é preciso avançar nestas questões. As mulheres são competentes e estão conquistando espaços”.
Em 04.03.13, às 18h56.