Direitos Humanos debate Alienação Parental

A Comissão de Direitos Humanos se reuniu na tarde desta terça-feira, 15, e recebeu representantes de instituições ligadas a saúde da família para debater sobre Alienação Parental, prática em que um dos genitores procura deliberadamente afastar os filhos do outro genitor, deturpando a imagem ou figura deste diante dos filhos. “Muitas vezes é cometida sem o conhecimento dos conjugues, por isso precisamos disseminar o assunto para a população”, disse a presidente da comissão, Michele Collins (PP).

Alienação Parental está muito presente na sociedade, segundo Francisco Albuquerque, representante da 1ª Vara da Infância. As famílias seguem para tratamento através de ordem judicial ou de livre vontade. “Infelizmente é possível encontrar ajuda gratuita apenas na Clínica de Terapia Familiar do Hospital das Clínicas de Pernambuco. Existe uma fila de espera para atendimento, isso poderia diminuir com um espaço especializado”, frisou.

A chefe do núcleo de serviço social do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Ednalda Barbosa, lembrou que Recife não possui um centro de referência para esse tipo de tratamento.  Por esse motivo, a especializanda em Terapia da Família pela Universidade Federal de Pernambuco, Jacy Cavalcanti, trouxe para a comissão um projeto que propõe a criação. “Existe uma grande dificuldade para as famílias mais carentes encontrar tratamento. Um espaço público, com equipe multidisciplinar formada por terapeuta, advogado, psicólogo e enfermeiro faria a diferença na vida dessas pessoas”.  

O vereador Wanderson Florêncio (PSDB) ressaltou que a criação do centro tem o apoio dele e da Oposição. Michele Collins informou que fará uma audiência pública para aprofundar mais o assunto, com a participação de representantes da Prefeitura e instituições ligadas ao tema. Antes do debate, a comissão também discutiu 11 projetos de Lei e distribuiu outros 12.

 

Em 15.10.2013, às 17h04.