Educação no Trânsito pode ser ensinada nas escolas

O Brasil é o quarto país em número de mortes em acidentes nas ruas e estradas, ficando atrás apenas da China, Índia e Nigéria. No ano passado, só em Pernambuco, foram 45.916 acidentes de trânsito, 75% deles envolvendo motos. Números resultados, muitas vezes, de infrações como circular em velocidade superior à permitida na via e avanço de sinal vermelho. Os dados que assustam e matam poderiam ser reduzidos com uma ação simples: a educação para o trânsito. É o que defende a Doutora Vera Lopes (PPS), autora do projeto de lei que quer incluir essa disciplina na grade curricular das escolas municipais.

Só em Pernambuco, em 2012, foram gastos R$ 650 milhões com feridos e óbitos de acidente de trânsito. Com esse mesmo valor poderiam ter sido construídas 108 UPAS. De 2013 a 2014 houve um crescimento de 8,5% no números de acidentes no estado com todos os tipos de veículos. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) estima o custo hospitalar de uma vítima grave em acidente de trânsito em R$ 230,6 mil.

 

A autora explica que ao incluir a disciplina Educação no Trânsito na grade curricular das escolas, estaria se conscientizando os estudantes da importância das leis de trânsito e de como a mudança de comportamento pode salvar vidas. “A educação tem efeito multiplicador, de forma que as crianças e adolescentes repassarão o conhecimento adquirido aos seus pais e familiares. E essa é a forma mais eficiente de combater a violência e o desrespeito às leis de trânsito”, justifica Vera Lopes.

 

Se virar lei, os alunos das escolas do Recife terão uma hora de aula por semana de educação no trânsito, incluindo temas como legislação, prevenção de acidentes, proteção ao meio ambiente e cidadania, direção defensiva e primeiros socorros. O projeto já tramita e aguarda parecer das Comissões de Legislação e Justiça, Educação, Cultura, Turismo e Esportes, Meio, Ambiente, Transportes e Trânsito, Finanças e Orçamento e na de Saúde.

 

 

Em 20.07.2015, às 9h45.