Elymar Santos recebe Título de Cidadão do Recife

Carioca de nascimento, recifense de coração. O menino pobre, Elimar dos Santos, nascido no Morro do Alemão, Rio de Janeiro, desde pequeno trabalhava para ajudar a família. Mas ele era mesmo cantor. Brincava com o cabo de vassoura que lhe servia de microfone de rádio. Gostava de Cauby Peixoto e Emilinha Borba, a Rainha do Rádio. Logo começou a cantar em barzinhos e mudou o nome para Elymar Santos, com y. Ganhou programas de calouros e viu sua popularidade crescer nos subúrbios.

Mas era pouco para tanto talento. Vendeu tudo que tinha e bancou um show no famoso Canecão. Pronto. Ficou famoso e reconhecido em todo país. Com o tempo, incorporou a seus sucessos o frevo pernambucano. Melhor ainda. Sua proximidade com o Recife é de sangue. Sua irmã, Rosimar Santos, é professora da Universidade Rural e reside aqui com mãe deles.

Elymar Santos recebeu o Título de Cidadão do Recife das mãos do vereador Gilberto Alves (PTN), autor da proposta, por considerar a homenagem um modo civil e político de reconhecer como “filho e cidadão recifense” o que culturalmente ele já o é. “O exercício da cidadania se faz não somente através de um reconhecimento simbólico de honra ao mérito, mas no sentido de pertença e socialização, que torna presente enquanto cidadão, um indivíduo, que por sua vez se reconhece como herdeiro e transmissor do legado pernambucano e recifense de se viver e construir à existência”.

O cantor e compositor, agora recifense, agradeceu muito aos fãs, à família, e aos amigos. Disse que desenvolve trabalho social em todo o país e que certamente em Recife também. Disse mais. Que seu trabalho era enriquecido pelo frevo e que vai fazer um CD só com eles. Falou do envolvimento com o Nordeste e da inveja que sentia, mas que a partir de agora não sentirá mais, porque se tornou também um nordestino-recifense. “Quero homenagear alguns pernambucanos como Reginaldo Rossi, Adilson Ramos, que não é nascido aqui, mas vive no Recife há anos e se confunde com esta cidade, e Cezinha, herdeiro de Luiz Gonzaga e de Dominguinhos”. Encerrou os agradecimentos com chave de ouro, cantando sucessos e um frevo à capela acompanhado pela platéia....e Recife adormecia, ficava a sonhar ao som da triste melodia...

 

Em 07/11/2014  às 16h56