Eventos na Avenida Boa Viagem vão continuar
O vereador Osmar Ricardo, autor da emenda modificativa ao projeto, esclareceu que procurou o colega Sérgio Magalhães para conversar a respeito da proposta, mas ele não quis. “Entendo que não é possível proibir manifestações na Beira Mar de Boa Viagem, espaço mais democrática dessa cidade, onde há anos acontecem tantas mobilizações já consagradas. Por isso, propus a emenda suprimindo a proibição”. Josenildo Sinesio (PT) disse que esse tipo de proibição só acontece na avenida Boa Viagem porque é a avenida dos ricos. “Querem proibir a igreja Católica de fazer a passeata pela paz que salva vidas. Os bispos reunidos resolveram que no próximo ano a passeata será de todo o Estado. Virão caravanas de todos os cantos deste estado. Não é possível proibir as caminhadas evangélicas que também acontecem ali”.
Gilberto Alves (PTN) ressaltou que era a favor do projeto proibindo manifestações na avenida, pois os eventos atrapalham a mobilidade da cidade. “Não é só pelo aspecto da mobilidade. A praia é o lazer mais democrático da cidade, além de ser o nosso cartão postal. Não se trata de cercear manifestações de qualquer movimento. Temos de olhar a questão pela lei do uso do solo. Há espaço na cidade para manifestações em outros locais”.
Maré Malta (PSD) frisou que não se trata de proibir movimentos, mas disciplinar. O morador da avenida paga IPTU e precisa de paz. “Mesmo que seja uma minoria que mora lá, tem direito como qualquer maioria”. Vicente André Gomes (PSB) disse que o autor da proposta era muito inteligente e conseguiu parar a cidade para discutir um projeto ilegal do ponto de vista da lei do uso do solo. “Ele quer tirar o brilho de tantos movimentos. Liberato Costa Júnior (PMDB) lembrou Castro Alves em sua célebre poesia quando diz que “a praça é do povo como o céu é do condor” e por isso votava contra a emenda e contra o projeto.
Em 19.12.2011, às 18h34