Falta de atualização cadastral gerou cortes na saúde do município, diz Ivan Moraes

A suspensão nos repasses a 26 equipes de agentes comunitários de saúde do Recife, publicadas em uma portaria do Ministério da Saúde, foram repercutidas no plenário Câmara do Recife nesta terça-feira (3). O assunto foi levado à tribuna da Casa pelo vereador Ivan Moraes (PSOL), que teceu críticas à gestão da Prefeitura no setor.

O parlamentar, que defendeu uma visão da saúde baseada nos direitos humanos, direcionou seus comentários a problemas de gestão e ao volume de recursos – segundo ele, baixos – executados pelo Poder Executivo. “Próximo sábado, dia 7, é o Dia Internacional da Saúde. Mas aqui no Recife há muito tempo que não temos o que comemorar no que diz respeito à atenção básica. A cidade do Recife, que os dados mostram que é uma das cidades do Brasil que menos executa recursos próprios na saúde, teve um corte no repasse para 26 equipes de agentes comunitários de saúde. A Prefeitura não fez a atualização dos cadastros necessários para continuar recebendo esse repasse.”

Ivan Moraes ainda criticou a distribuição de UPAs e Upinhas pela cidade – segundo ele, “a atenção básica só chega a 60% da área do Recife.” Problemas no setor da saúde da mulher também foram abordados por ele. “Vivemos uma fatalidade materna que passa de 70 mortes por mil nascidos vivos ao ano, quando a OMS considera aceitável um número entre 10 e 20 mortes por mil. A mesma cidade que tem o Hospital da Mulher tem pelo menos três maternidades que estão sendo sucateadas. Falta equipamento e atendimento.”

Em 03.04.2018, às 16h48