Fred Ferreira debate obras da pista de skate do Parque Santana
Durante a audiência pública, ele apresentou um vídeo de 49 segundos, com imagens aéreas, mostrando que a pista de skate está com obras paradas e nenhum funcionário trabalhando nela. “Já existia uma pista anterior, que era muito usada pelos frequentadores do parque e que foi completamente destruída para dar lugar a uma nova. Parece mais uma obra abandonada, um exemplo de desperdício do dinheiro público”, afirmou Ferreira.
O projeto diz que a pista terá 1.655 m² e as obras foram licitado por R$ 594.417,90, oriundos do Ministério dos Esportes. A inauguração foi adiada por duas vezes, e a insatisfação dos usuários do equipamento é crescente. De acordo com Fred Ferreira, a pista era para modalidade surf skate, uma modalidade com poucas manobras de subidas e descidas, mas que também atendia quem andava de patins ou patinete.
De um dia para o outro, segundo ele, a Secretaria de Turismo e Lazer do Governo do Estado, que realiza a obra com recursos do Governo Federal, derrubou todo o cimento da pista antiga, sob a alegação de que iria diversificar a modalidade de skate. “Era um equipamento funcional, que vivia cheio e foi interrompido para a construção de outro, agora sem nenhuma utilidade”, observou o vereador.
Fred Ferreira convidou o vereador Ivan Moraes (PSol) para compor a mesa da audiência pública e Ivan assegurou que também foi acionado pelos skatistas para pressionar o Governo no sentido de concluir as obras. “Quando a primeira pista foi destruída, eu fiz críticas no plenário da Câmara. Um grupo de usuários, porém, reclamou da minha crítica e eu concluí que também havia pessoas interessadas numa nova pista. Por isso, meu discurso mudou. Parei de criticar e passei a pedir que a obra saia”, disse.
De acordo com os vereadores Fred Ferreira e Ivan Moraes, o atraso nas obras já elevaram o preço da obras, que precisou de um aditivo de R$ 120 mil. “A pista, inicialmente, custaria cerca de R$ 400 mil e agora chegará a quase R$ 600 mil”, advertiu Moraes.
O representante da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer da Prefeitura do Recife, Jorge Menezes, que participou da audiência pública, disse que a construção da pista não é de responsabilidade municipal. “Nós fizemos o projeto da nova pista, mas antes de elaborarmos, foi bastante debatido. Houve uma escuta para atender às demandas da população, no sentido de melhorar a pista que já existia, pois aquela não tinha o formato ideal. Era preciso incorporar outras modalidades de skate e a pista era incompleta. Na verdade, a pista era uma obra inacabada de gestões anteriores”, disse.
Já o representante da Secretaria de Turismo e Lazer do Governo do Estado, Cássio Camilo, informou que a obra de reconstrução da pista foi originada num contrato de repasse do deputado federal Augusto Coutinho junto ao Ministério dos Esportes, em maio de 2018. “O Ministério depositou a primeira parcela dos recursos e o Governo do Estado imediatamente depositou a contrapartida. As obras começaram, mas o Governo Federal só veio depositar a segunda parcela este ano. Mesmo assim, ainda faltam 20% do total dos recursos. Por isso, a empresa que está construindo, paralisou as obras. Mas, ela é do interesse do Governo do Estado e do governador Paulo Câmara. Então, notificamos a empresa para continua-la. E a empresa nos garantiu que as obras serão concluídas dia 30 de julho”, afirmou.
Em 06.06.2019, às 11h40.