Frente Parlamentar de combate ao crack ouve ONGs

A Frente Parlamentar de combate ao crack, formada por cinco comissões da Câmara Municipal e presidida pelo vereador Luiz Eustáquio (PT), realizou na quinta-feira 17 reunião ampliada com diversos segmentos da sociedade civil, entre conselhos e Ongs.

Luiz Eustáquio informou que a secretaria municipal de Assistência Social está criando grupo de trabalho para diagnosticar suas políticas de enfrentamento dessa droga e a de educação vai realizar pesquisa nas escolas para conhecer melhor quem são os usuários e como a droga chega a te elas. “A conclusão a que chegamos é a de que o crack é uma droga nova e as políticas existentes são insuficientes para enfrentá-la.

A intenção dessas reuniões é preparar uma grande conferência para o estabelecimento de políticas públicas mais adequadas. O tripé dessa Frente é a prevenção, repressão e a cura”. Aline Mariano (PSDB), integrante da Frente e presidente da Comissão de Direitos Humanos, enfatizou que todos precisam se unir para fortalecer as políticas públicas existentes, propor novas para enfrentar o crack, uma verdadeira epidemia.

Marília Arraes (PSB), que também faz parte da Frente e é presidente da Comissão de Juventude, comparou a luta contra o crack à luta das mulheres por espaço próprio. “Não se imagina que as mulheres atuariam na política, nem banheiro existiam nas câmaras para elas. A mesma coisa acontece agora com o enfrentamento ao crack, é muito novo. As políticas de combate ao crack precisam ser diferenciadas”.

Priscila Krause (DEM) ressaltou que o avanço do crack é uma tragédia e que para combatê-la é preciso entender a natureza do problema. “Depois é preciso fazer um diagnóstico. Não se trata de uma questão municipal, legislativa, estadual ou nacional. O combate passa por todas as esferas em conjunto.

Vado Luz, representante do Conselho Tutelar disse que o órgão tem trabalhado na perspectiva de enfrentamento da situação da droga. “O crack está atingindo crianças de 6 anos de idade e o atendimento precisa chegar a todas as faixas etárias”.

Poliana Pimentel, representante do Conselho Municipal de álcool e outras drogas disse que é preciso refletir se estamos de fato preparados para enfrentar o crack. Temos a dificuldade de enfrentar o crack porque se trata de uma clínica nova e as políticas de enfrentamento avançaram muito pouco”.

Em 17.12.2009, às 13h30.