Futebol de Várzea deverá ter estatuto

A pátria de chuteiras vê nascer grandes ídolos do futebol nos campinhos de várzea das periferias das cidades. Muitos saíram dali depois de vistos pelos olheiros. Muitos deles alçaram voos e chegaram ao futebol profissional e alguns foram jogar no estrangeiro. Os campinhos de várzea são verdadeiros celeiros de craques. Mas a dura realidade imposta a esses campos de futebol improvisados podem levar ao desaparecimento deles. No entanto, preocupada com essa realidade, a vereadora Natália de Menudo (PSB), propôs projeto de lei 184/18, criando o Estatuto do Futebol de Várzea do Recife. Através dele, tanto os campos como os times ditos de várzea terão alguma proteção e incentivo para continuarem atuando nos bairros.

A proposta está tramitando nas comissões temáticas da Câmara do Recife e aguarda parecer para ir a plenário para votação. Natália de Menudo argumenta na proposta que se entende por futebol de várzea aquele que é praticado em campos que não possuem estrutura adequada para a prática do esporte oficial, geralmente realizado de forma amadora.

O estatuto, segundo a vereadora, se pautará em aspectos tais como incentivar a prática do futebol de várzea nos diversos bairros do Recife, reduzir os índices de vulnerabilidade social, incentivando a prática esportiva, promover a política de paz, estimulando comunidades a atuarem como protagonistas de otimização dos índices de qualidade de vida do município.

Para Natália de Menudo o estatuto deverá também difundir a importância da prática de esportes para a saúde, colaborar com a redução do consumo de drogas lícitas e ilícitas em áreas vulneráveis da cidade, inserir orientações sobre diversas temáticas sociais, como também sobre cursos profissionalizantes entre outras atividades. “Caso a proposta se transforme em lei será possível oficializar os campos e criar regras para a atuação dos times de várzea, socialmente importantes para nossa realidade”.

 

Em 11.01.2019 às 10h33.