Gueiros quer disciplinar estacionamento nas ruas do Recife

Com o sistema viário esgotado por causa do crescente número de veículos que a cada dia entra em circulação na cidade, o Recife pode vir a ter uma lei que disciplina a permissão do estacionamento de carros nas vias “arterial principal”, “arterial secundária” e “coletora”. O projeto de lei número 104/2012, de autoria do vereador Carlos Gueiros (PTB), com esse objetivo, está tramitando nas comissões de Legislação e Justiça e na de Meio Ambiente, Transporte e Trânsito onde aguarda emendas, análise da proposta e emissão dos pareceres.

De acordo com o projeto de Carlos Gueiros, nas vias do Sistema Viário do Recife classificadas como “arterial principal” (Lei nº16.176/1996) a autoridade de trânsito municipal não poderá permitir o estacionamento de veículos no período compreendido entre as 6h da manhã e 19h, nos dias úteis. Nas vias “arterial secundária” e “coletora”, quando o trânsito de veículos se der em sentido único, a autoridade de trânsito municipal não poderá permitir o estacionamento nos dois lados das vias. Se o trânsito de veículos nessas vias se der nos dois sentidos, não será permitido o estacionamento de veículos em nenhum dos lados da via, no período compreendido entre as 6h e 19h dos dias úteis.

Por causa dos estacionamentos feitos sem regras claras, o vereador Carlos Gueiros entende que o trânsito fica ainda mais travado no Recife. “Um deslocamento que poderia ser feito em dez minutos com o sistema viário disponível, é feito normalmente em 60 minutos”, disse ele. Em sua opinião, o Recife, como capital do Estado e centro das decisões políticas, administrativas, comerciais e bancárias, sediando também grandes hospitais, encontra-se com o seu sistema viário esgotado. Além disso, “o grande desenvolvimento que experimenta o nosso Estado em função dos empreendimentos de Suape, também nos deixa preocupados com a mobilidade da nossa cidade, o que aliás, tem sido tema corrente”.

Gueiros assegurou que sua proposição visa reservar a utilização do espaço público para a circulação dos veículos e evitar a prática corriqueira da utilização desses espaços para a guarda de veículos daqueles que em suas residências não a dispõem ou dispõem em número insuficiente para a guarda da quantidade de veículos que possuem. “Esse é o caso, por exemplo, do que se vê diariamente na Avenida Boa Viagem ou nas proximidades das instalações comerciais e educacionais entre outras, onde as vias públicas locais são ocupadas com o estacionamento de veículos durante longos períodos, em detrimento da circulação em geral”, afirmou.

Em 15.10.2012, às 11h12.