Henrique Leite defende o Uber

Posicionar-se contra o aplicativo Uber, empresa de transporte privado urbano que trabalha baseada em tecnologia, é ir contra o futuro. Com essa opinião, o vereador Henrique Leite (PDT) disse, durante a reunião plenária desta terça-feira, 6, que defende o serviços da chamada “carona remunerada” porque está “do lado do consumidor”. Em seu entendimento, o Uber incomoda os donos de frotas de táxis tradicionais e os taxistas que pagam renda porque afetam o mercado de passageiros, e suas regras comerciais tradicionais, mas, sobretudo porque se trata de um serviço cuja tecnologia ainda não foi aceita e compreendida em sua totalidade. “Ele vem para atender uma demanda de serviços que está deficiente e consequentemente vem melhorar o bem estar do consumidor”, disse.

O vereador disse que o Uber “tira de circulação o carro de passeio particular” e torna o preço das tarifas mais acessíveis. “Com isso, quem sai mais fortalecido é o usuário, o consumidor. E é por isso que eu defendo esse serviço”, afirmou. Ele lembrou que quando o Uber começou, nos Estados Unidos, foi motivado pelas dificuldades de mobilidade. “A ideia permite que se retire o carro de passeio do trânsito e com isso, ganha em fluidez”. Associado a essa vantagem, o aplicativo oferece aos seus clientes um serviço de alta qualidade, por valores mais baixos. “É necessário afirmar que ser a favor do aplicativo não é a mesma coisa de ser contra o táxi. Mas, ser favorável ao consumidor e á fluidez do trânsito”, acrescentou.

Durante o discurso, ele foi aparteado pelo vereador André Régis (PSDB). “Parabenizo o vereador por trazer esse assunto ao debate. Não podemos aceitar um comportamento refratário ao futuro. O Uber faz parte desse futuro. Tanto é assim que já está surgindo um novo aplicativo, semelhante a ele, pernambucano, que é o T81. Não podemos nos fechar às inovações tecnológicas”, afirmou. Régis ressaltou que, no ano passado, a Câmara Municipal do Recife aprovou um projeto de lei que restringe o uso de aplicativos como o Uber. “Esta casa aprovou uma lei inconstitucional, pois quem legisla sobre o assunto é a União”, observou, acrescentando que é inegável que o Uber “trouxe uma melhorai na qualidade de vida das pessoas e não dá mais para voltar atrás”.

Outro vereador que fez aparte foi Jayme Asfora (PMDB). “O Uber não é um serviço público, mas uma atividade privada e lícita”, lembrou. Nessa qualidade, disse, precisa ser regulamentado. “O Uber veio para ficar e outros aplicativos estão surgindo, em diversas cidades, como o Rio de Janeiro, por exemplo”, disse. O aplicativo, em sua opinião, vai forçar uma melhoria no atendimento do serviço de táxi, que “é crítico”. Asfora afirmou, ainda, que os condutores do Uber, em geral, são pessoas que estavam desempregadas e esta é uma forma de reduzir esse drama social. “Além disso, temos pesquisa que mostra que 92% dos recifenses são a favor do aplicativo”, disse. Ao retomar o discurso, Henrique Leite defendeu que a Prefeitura do Recife regulamente a quantidade de carros que podem trabalhar como Uber e quanto eles deverão recolher em impostos para a cidade.

 

Em 06.09.2016, às 12:32h