Incêndio no Museu Nacional provoca debate sobre política de cultura
A discussão chegou ao grande expediente – momento da reunião plenária dedicado a discussões mais longas – depois de ter sido suscitada pelos dois parlamentares anteriormente. Ao subir à tribuna, André Régis voltou a pedir que se apontem os responsáveis pelo ocorrido. Ele afirmou, ainda, que a escassez dos recursos destinados à manutenção do museu não são uma exclusividade do Governo Federal vigente. “Eu trouxe a necessidade de se responsabilizar o reitor da universidade, que deve se justificar pelo ocorrido juntamente com o ministro e o presidente. Se o reitor diz que esse era um cenário esperado, ele precisa se justificar. Todos devem ser responsabilizados – e que se defendam. O que não pode é o museu desaparecer e ninguém ter culpa. O argumento do vereador talvez seja por conta da PEC do Teto de Gastos. Mas o orçamento do museu, é bom lembrar, tem sido muito baixo mesmo ante da PEC.”
Ivan Moraes disse concordar com o colega sobre a necessidade de responsabilização e de preservar melhor o patrimônio histórico. Ele defendeu, ainda, a reserva de 2% do PIB brasileiro para o setor cultural. “Algumas pessoas correligionárias de Vossa Excelência defendem a extinção do Ministério da Cultura, e por isso eu havia me referido ao seu pronunciamento com espanto e alegria. Quando olhamos os números nus e crus, é claro que já havia diminuição de recurso no governo do Partido dos Trabalhadores, que não defendo e ao qual faço oposição. Sou do partido do deputado que propôs as emendas ao Museu Nacional que foram vetadas pelo governo golpista. Depois do golpe, piorou.”
Em 03.09.2018, às 17h16