Isabella de Roldão quer escola bilíngue para surdos

A implantação de uma escola de educação bilíngue para surdos no Recife, na qual a língua brasileira de sinais (libras) será a principal para comunicação e instrução e a portuguesa escrita será a segunda, é o que propõe o projeto de lei 28/2013, de autoria da vereadora Isabella de Roldão (PDT). Ela explica que a proposta de criação de escolas nesse padrão foi aprovada na Conferência Estadual e na Conferência Nacional da Pessoa com Deficiência em 2012, tendo sido, também, aprovada no Plano Nacional de Educação na Câmara dos Deputados. Atualmente, existem cerca de 50 escolas de surdos funcionando no Brasil, e apenas uma escola particular bilíngue no Recife e a Barbosa Lima que é mista.

De acordo com o projeto de lei, todas as disciplinas curriculares, em todos os níveis da educação básica, devem ser ministradas nas duas línguas. O objetivo da escola bilíngue de surdos, disse a vereadora, não é a exclusão das pessoas portadoras de deficiência auditiva, mas sim, estabalecer “uma sistemática de aula voltada para as necessidades de um público específico”.  Não se trata de uma “escola especial”, pois o currículo deverá ser o mesmo da escola regular, adicionando-se a disciplina de libras como primeira língua, e transformando a disciplina de língua portuguesa em segunda língua. “A escola bilíngue vai preparar o aluno surdo para ser cidadão consciente e crítico vivendo na sociedade de forma inclusiva”, observou Isabella.

André Ferreira (PMDB) ressaltou que visitou escolas onde surdos estudam e encontrou mães esperando fora que lhe pediram para fazer qualificação e aprende também alinguagem de libra para melhor se comunicarem coms eus filhos. Ele conclamou os colegas a se unirem em torno deste tema para sugerir e cobrar providências do governo. Michele Collins (PP)  não é favorável à separação das crianças e que o ensino d elibra deve ser dentro da própria escola para que não se sintam excluídas. “Seria importante que cada região política tivesse uma  escola com as duas línguas”. Marco Aurélio (PTC) acha importante discutir o assunto especialmente quando está começando uma nova gestão que promete revolucionar a educação. “Essas crianças precisam ser inclúidas de fato”.

 

Em 19.03.2013, às 17h45.