Ivan Moraes critica discursos de presidenciável do PSL
O parlamentar também chamou a atenção que sobre o presidenciável pesa a suspeita de três tipos de crimes eleitoral: doação de pessoa jurídica, utilização de perfis falsos para propaganda eleitoral e compra irregular de cadastros de usuários. Além disso, repudiou um depoimento transmitido na Avenida Paulista, em São Paulo, em que afirma, “ele flerta com o regime autoritário”.
Ivan Moraes fez questão de ler trechos desse depoimento: “Essa turma se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão pra fora ou vão pra cadeia. Esses marginais vermelhos serão banidos de nossa pátria”. Em seguida, destacou um outro ponto sobre organizações não governamentais: “vocês não terão mais ONG's para saciar a fome de mortadela de vocês”.
Conforme analisou o vereador, em momentos distintos da história, a esquerda já teve rótulos semelhantes. “Ele ressuscitou diversos discursos que ouvíamos na década de 1960 antes do golpe militar e na década de 1930, na Alemanha pré-nazista”. Aproveitando a ocasião, o parlamentar também criticou falas anteriores do presidenciável que criminalizam movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Também repudiou um vídeo em que o filho do candidato, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), diz sobre o supremo Tribunal Federal que “basta um soldado e um cabo para fechar o STF”.
Para o vereador Jayme Asfora (PROS) o momento é de reflexão e atitude. “Estou ao lado da democracia e não vou ficar em cima do muro. Mesmo com sérias críticas, vou votar no Partido dos Trabalhadores. O candidato do PSL é uma ameaça à democracia, aos direitos humanos, à imprensa, ao parlamento e à outras instituições democráticas”. A opinião foi compartilhada por Almir Fernando (PCdoB), que ressaltou a necessidade de uma profunda avaliação sobre o momento político. “Dizem que é preciso renovar, mas renovar para pior, não pode acontecer”.
Em 22.10.2018, às 17h28