Ivan Moraes defende 2% do PIB para a cultura

Um museu com duzentos anos de existência e que guardava parte da história do Império no Brasil incendiou no Rio de Janeiro e foi praticamente destruído. Assunto nacional que tomou conta do país e suscitou críticas pelo descaso com a cultura. Não foi diferente na Câmara do Recife, onde vereadores se revezaram no Plenário na tarde desta segunda-feira (03) para tecer considerações e críticas, entre eles Ivan Moraes (PSOL), para quem a cultura é importante, considerando que o patrimônio histórico precisa ser preservado e que os responsáveis precisam ser punidos. “Defendo que sejam destinados pelo menos 2% do PIB – Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas pelo país – para a cultura”.

Ivan Moraes esclareceu que não defende verbas para este ou aquele espetáculo. Ele disse que acha a Lei Rouanet é "equivocada porque são os empresários que escolhem os espetáculos. Pior ainda, não patrocinam nada porque recebem isenção de imposto de renda. Essa lei precisa ser modificada e é por isso que defendo 2% do PIB para formatar a política nacional de cultura. É preciso dinheiro para fazer cultura”.

Quanto às críticas feitas pelo colega André Régis (PSDB) ao Psol, pois o reitor da UFRJ é do partido,  esclareceu que todos que criticavam o PT e defenderam o golpe, agora estão no mesmo palanque. “Esperava postura diferente do Partido dos Trabalhadores. Meu partido é um racha do PT, mas ficou do lado da democracia quando esteve ameaçada. Diversas emendas para o Museu Nacional foram rejeitadas por este governo”.

Jairo Britto (PT) disse que o colega André Régis defendeu a PEC do congelamento, que incluiu congelamento de verbas para a cultura. “Está tudo parado na educação, na saúde. O discurso das pessoas precisa ser coerente. Os fatos devem ser apurados para apontar responsabilidades no incêndio do Museu Nacional”.

 

Em 03.09.2018 às 17h37.