Ivan Moraes discute custeio e gestão de investimentos da Prefeitura
Ao dar início ao seu pronunciamento, Ivan Moraes repercutiu a notícia de que a Prefeitura não terá mais acesso a um empréstimo de cerca de R$ 500 milhões do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). “Esse empréstimo só é dado a municípios com capacidade que têm um nível A e B de investimento. Recife está no nível C. E não é pela crise. É pela falta de gestão. A Prefeitura arrecada mais, recebe mais, mas investe cada vez menos. E isso tem um custo que vai para além da infraestrutura, como a inaptidão para receber recursos.”
Segundo o vereador, os investimentos na expansão da infraestrutura urbana e dos serviços municipais caíram de 12,84%, em 2013, para 2,95%, em 2017. Ainda de acordo com ele, os valores investidos caíram de aproximadamente R$ 580 milhões para R$ 128 milhões, em valores corrigidos. Ivan Moraes apontou, ainda, que gastos com o investimento em educação teriam sido menores que os destinados a programas do plano de governo da gestão, como as atividades de robótica nas escolas.
A criação e o incremento de cargos como os da Assessoria Especial do Prefeito também foram alvo das críticas do vereador, que não deixou de tecer comentários aos gastos e suplementos nos gastos com comunicação e relações institucionais. O levantamento feito por ele prevê um dispêndio de R$ 76,8 milhões nesse setor, aos quais Ivan Moraes comparou com os R$ 9,1 milhões previstos para o saneamento básico. “A Prefeitura gasta mal, planeja mal e arrecada muito. Muito do que poderia ser investido está encalhado no custeio da máquina, que tem um gasto muito alto para um retorno muito baixo.”
Em 09.05.2018, às 16h06