Ivan Moraes critica “cura gay”

A Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade do rol de doenças desde o dia 17 de maio de 1990. Em 2009, no encontro anual da Associação Americana de Psicologia concluiu-se que não há evidências científicas que apoiem o uso de intervenções psicológicas para a (re) orientação sexual e o Conselho Federal de Psicologia (CFP), no Brasil, proíbe este tipo de tratamento, desde 1999. Na tarde desta terça-feira (19), durante reunião plenária, o vereador Ivan Moraes (PSOL) criticou a decisão do juiz Valdemar Cláudio de Carvalho, da 14º vara de Brasília, que concedeu uma liminar contra a resolução do CFP.

De acordo com o parlamentar, a sociedade não pode vivenciar o regresso impedindo a caminhada civilizatória rumo à igualdade e compreensão das diferenças. “Estamos em 2017 e questões que dialogam com a contemporaneidade, com o dia a dia, precisam ser tratadas de forma também contemporânea utilizando o que diz a ciência, as instituições. Não dá para transformar em doença aquilo que não é doença. Não faz o menor sentido dizer que determinado comportamento está errado porque discordo dele pessoalmente”.

Na tribuna, Ivan Moraes enfatizou que de acordo com a OMS, a homossexualidade não constitui doença para carecer de tratamento, nem distúrbio e tampouco perversão. Nesse sentido, a psicologia pode e deve contribuir com seu conhecimento para o esclarecimento sobre as questões da sexualidade,  permitindo a superação de preconceitos e discriminações.

Em 19.09.2017, às 17h55