Ivan Moraes fala sobre prisão dos suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco

Foi para repercutir o caso da vereadora assassinada no Rio de Janeiro, Marielle Franco, que o vereador Ivan Moraes (PSOL) subiu à tribuna da Casa de José Mariano na tarde desta terça-feira (12). Na próxima quinta-feira (14), fará um ano do assassinato e ainda não há respostas sobre quem mandou matar Marielle Franco.

“Hoje pela manhã todos e todas acordaram com a notícia de que haviam sido presos dois suspeitos de terem sido executores do bárbaro assassinato da vereadora Marielle Franco. Foram presos o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, e o sargento reformado, Ronnie Lessa, que é suspeito de ter efetuado os tiros que acabaram com a vida da vereadora. São duas prisões preventivas, as investigações continuam e precisam continuar.” Ivan Moraes ainda destacou, “somos defensores dos direitos humanos e não podemos cair na armadilha de cometer os mesmos equívocos que os nossos adversários”.

No ano passado, a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) foi morta a tiros dentro de um carro no bairro do Estácio, Região Central do Rio de Janeiro. O crime aconteceu no dia 14 de março, em uma noite de quarta-feira. O motorista do veículo, Anderson Pedro Gomes, também foi baleado e morreu. Na ocasião, bandidos teriam emparelhado um carro ao lado do veículo em que a vereadora estava e efetuado os disparos. Marielle foi encontrada com vários tiros na cabeça.

O parlamentar ressaltou que não há provas de que o assassino foi encontrado. “É importante que tenha havido essas prisões preventivas, assim como é importante que tenha havido 34 mandatos de busca e apreensão nesta operação Lume. As prisões estão cercadas de coincidências que chegam perto do presidente da República, e faz com que aumente ainda mais a necessidade de ir a fundo. Ninguém mais que o presidente da República deve ter o interesse de que a investigação seja concluída e que o Brasil saiba, sem sombra de dúvidas, quem foram as pessoas que, de fato, executaram Marielle.”

Ivan Moraes comentou sobre as coincidências do caso. “Não é porque um dos suspeitos é vizinho do presidente da República, em um condomínio de luxo, que as suspeitas devem se voltar contra ele. Também não é porque uma das filhas de um dos suspeitos já namorou com um dos filhos do presidente – essa informação foi dada pelo delegado que está na investigação – que deve ser feita qualquer relação que ligue o presidente da República a este crime. Esses fatos soltos demandam a continuidade da investigação o mais brevemente possível.”

Ao final do discurso, o parlamentar solicitou, mais uma vez, que os esforços da investigação não parem e parabenizou o trabalho dos profissionais que estão no caso. “Nós louvamos o trabalho dos policiais e promotores que participaram desse amplo processo de investigação que deu a sociedade o nome desses dois suspeitos. O Brasil não aguenta ficar mais um dia sem ter certeza absoluta sobre quem matou Marielle Franco. Por mais que hajam indícios, é preciso que apareçam provas concretas. Daqui a dois dias fazemos um ano do seu brutal assassinato e não vamos descansar até que tenhamos todas as respostas. É fundamental que a gente saiba quem mandou matar Marielle Franco.”

Em 12.03.2019, às 18h09