Ivan Moraes lê depoimentos de transexuais e homossexuais
“Durante cinco anos, nunca usei o banheiro da escola, pois ouvia relatos de que uma trans tinha apanhado ao usar o banheiro e os gays afeminados também”, contou uma das pessoas. “Por volta dos sete anos, eu já sabia que era diferente das outras crianças que nasceram com o mesmo sexo biológico que o meu, mas não entendia que diferença era essa que fazia meus coleguinhas rirem de mim e muitas vezes me excluírem de suas brincadeiras”, dizia outro depoimento.
“Falar de identidade de gênero nas escolas é falar de respeito, de inclusão. É falar que existem pessoas diferentes com personalidades diferentes. É fazer nossas crianças crescerem em um ambiente escolar saudável”, afirmou uma das vítimas. “Quando eu disse que era trans e solicitei o uso do nome social, não fui compreendido. Fui humilhado, deslegitimado, desrespeitado. Fiquei depressivo, em pânico, não conseguia entrar na sala, passava mal. Não conseguia mais estudar, desisti. A transfobia se instalou e tomou o meu lugar, mas eu tenho fé em Deus que um dia isso vai mudar. Todos juntos, vamos conseguir”, leu o vereador.
Ele contou que na manhã desta quarta-feira recebeu dezenas desses depoimentos falando da necessidade de debater gênero nas escolas. “É fundamental que a gente proteja nossas famílias. Todas as famílias. É necessário proteger todos os nossos jovens, crianças e adolescentes. Todos eles. E não vejo espaço mais propício que a escola para começar essa proteção”, concluiu Ivan Moraes.
Em 08/11/2017, às 17h11.