Ivan Moraes repercute Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher

O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de feminicídios. Das mulheres assassinadas no País, 27,1% morrem em seus domicílios e 50,3% das mortes violentas de mulheres são cometidas por familiares, sendo 33% destas pelos companheiros. Os números alarmantes da triste realidade brasileira foram trazidos ao plenário pelo vereador Ivan Moraes (Psol), durante a reunião desta segunda-feira, 27.

Na tribuna, o parlamentar lembrou a passagem do Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro.  “A data foi instaurada no calendário da Organização das Nações Unidas em 1999 e foi uma homenagem às irmãs Minerva, Pátria e Maria Teresa Mirabal, conhecidas como “Las Mariposas”, assassinadas pela polícia secreta da República Dominicana, em 1960”. Ivan Moraes ressaltou que a data marca também a abertura do calendário de 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, com atividades de conscientização e combate ao machismo e patriarcado.

“Enquanto mulheres morrem, muitas de nossas autoridades demonstram absoluto desprezo por suas vidas. Querem que elas mantenham gestações de risco, de anencéfalos ou fruto de estupro. Querem que elas, mesmo grávidas, trabalhem em condições insalubres. Fecham os olhos para a exploração do trabalho da mulher, que apesar de exercerem a mesma função que homens, recebem salários inferiores”, lamentou o vereador.

Ivan Moraes lembrou ainda a caminhada “Basta!Pelo Fim da Violência contra a Mulher”, realizada no último sábado, que aconteceu nas ruas da comunidade do Bode, no Pina, e terminou na ocupação do MTST, no Sítio dos Pescadores. Ele frisou também que o setorial de mulheres do seu mandato preparou um pacote legislativo, com projetos de lei ligados à noção de cidades seguras para as mulheres, que serão protocolados na Casa. “Não podemos continuar perdendo nossas irmãs, mães, avós, várias mulheres que precisam e lutam para ter direito de ir e vir, o direito a ter um corpo e à sua autonomia. As mulheres, sobretudo as negras, estão se auto organizando em coletivos, associações, redes, setoriais ara que sua voz e seus corpos sejam respeitados”.

Em 27.11.2017, às 17h35